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terça-feira, 20 de abril de 2010

Ritalina

Em recente reportagem, a Revista Época falou de uma velha conhecida – a ritalina (metilfenidato), medicamento lançado nos anos 50 para tratar de um distúrbio em moda nos últimos tempos – o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais popularmente conhecido como TDAH.

O interessante da matéria é que ela não se referia a pessoas portadoras do problema ao qual o medicamento é indicado. E sim a outras que buscavam nele melhorar sua performance nos estudos e no trabalho. Ao assumirem uma carga grande de atividade, provavelmente além de suas possibilidades, elas necessitavam ficar mais atentas ou ligadas por um período maior de tempo.



Como todo remédio, a ritalina tem efeitos colaterais e um deles é o de diminuir o apetite. Muitas pessoas a utilizam para perder peso. Além de poder causar dependência física e psíquica.



Houve um tempo em que para ser indicada bastava que uma criança fosse um pouco agitada. Pronto, o diagnóstico estava fechado. Era mais um caso de déficit de atenção. O pequeno paciente era medicado muitas vezes sem necessidade.

Como se vê, a ritalina foi e está sendo usada indiscriminadamente. Por ser um medicamento de tarja preta, só pode ser comprada mediante receita médica. Isso significa que pessoas autorizadas estão dando receitas sem o devido cuidado.

Seu uso foi banalizado. Mas por que se utiliza tanto esse medicamento mesmo sem necessidade? Talvez uma das coisas seja a busca de uma solução mágica para nossas mazelas.

'Super estudante'



E não é por isso que as pessoas se drogam? Para tornarem as coisas “mais fáceis”, ao menos na aparência? Cria-se uma falsa realidade ou uma falsa pessoa para corresponder a uma expectativa, provando ser aquilo que não é – um super profissional ou um super estudante. E todos os problemas são resolvidos magicamente, tomando-se um comprimido de ritalina. Fácil, não?!



Nem tanto.



A repórter de Época tomou o medicamento para escrever a matéria e constatou que apesar de num primeiro momento ter se sentido confiante e se lembrado de tudo, podendo até dispensar suas anotações, ao revisar seu trabalho decepcionou-se com o resultado e teve de refazê-lo.



Não só profissionais com uma carga grande de trabalho têm recorrido a ela. Cada vez mais esse medicamento tem caído na graça dos estudantes e de seus pais. Não por terem déficit de atenção ou algum problema de aprendizagem que justifique, até certo ponto, seu uso. Mas por irem em busca de uma excelência que vai além daquilo que são (ou que seus filhos são). Sem contar aqueles que por um motivo qualquer passam a irem mal na escola e já se procura enquadrá-lo em alguma doença.


E o que é pior, ao medicarem seus filhos ou se auto-medicarem, passam a idéia do quanto não confiam em si e em seus rebentos.

Culpa de uma sociedade muito competitiva? Pode ser. Ninguém quer ficar para trás. Todos querem estar entre os primeiros. E para isso acabam lançando mão de qualquer coisa para conseguirem seus objetivos. Inclusive de remédios cujo esforço num primeiro momento parece ser mínimo.

Só que não é tomando remédios que os jovens serão melhores alunos ou darão conta do recado. Salvo aqueles que tenham TDAH. Caso contrário, estarão criando a idéia para si próprios de que são incapazes e que só vão conseguir algo se usarem uma droga. Afinal, não terá sido por causa do metilfenidato que seus usuários vão pensar que concluíram seus estudos escolares?



E a ritalina, por ser uma droga lícita, continuará sendo usada com a concordância dos pais e dos médicos.



Ana Cássia Maturano




DÉFICIT DE ATENÇÃO

Principais sintomas do Déficit de Atenção

Esse tipo de comportamento pode ser de difícil identificação, portanto é importante saber que nem toda criança desatenta tem o Transtorno de Déficit de Atenção.

A criança que tem Déficit de atenção não é menos inteligente que as outras crianças, porém não consegue desenvolver integralmente seu potencial, visto que a fixação da atenção é prejudicada.

A desatenção é um efeito que muitas vezes enganam na hora do diagnóstico porque estas pessoas na verdade não têm um déficit de atenção para tudo. Muitas vezes conseguem prestar muita atenção em algumas coisas, principalmente quando são bonitas, novas, estimulantes, interessantes ou assustadoras. Isto pode ser uma inconsciente busca do cérebro por um estímulo que ative o córtex pré-frontal. Em termos práticos, uma pessoa não consegue fazer qualquer coisa, sem que sua cabeça fique voando entre seus pensamentos, frequentemente distraindo-se com qualquer coisa que lhe chame mais atenção, voltando novamente a se distrair com um outro movimento e assim por diante, cometendo erros freqüentes por não prestar atenção aos detalhes. Este efeito é muito comum nas atividades escolares.

Entre os principais sintomas de desatenção estão a dificuldade em prestar atenção nos detalhes; errar por descuido nas atividades escolares pela dificuldade em manter a atenção; não seguir instruções; não terminar as tarefas; as vezes parece não escutar ou se faz de surdo; dificuldade em organizar tarefas e atividades; distrai-se facilmente com estímulos externos; evitar ou relutar em “realizar” esforço mental; perder coisas necessárias para as tarefas e ser facilmente distraído por qualquer estímulo externo.

Muitas vezes a falta de atenção pode vir acompanhada do sintoma de impulsividade, e pode até ter um aspecto positivo quando este comportamento leva a uma ação. Entretanto no portador de TDAH o problema é que este comportamento se torna patológico, há uma falta de planejamento em função da busca intensa e constante da gratificação imediata e das novidades. A impulsividade é um dos sintomas muito persistentes, impulsivamente interrompe o que está fazendo para iniciar outra atividade e vai acumulando várias tarefas sem finalizá-las.

De acordo com Mattos (2004) as crianças portadoras de TDAH são muito impacientes e muito ansiosas; frequentemente estão expostas a riscos; podem provocar confusão; discussão; viver em conflito consigo mesma ou com outras pessoas. Novamente tudo isso é uma forma inconsciente de estimulação do córtex pré-frontal, que anseia por mais atividade. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa o indivíduo com TDAH não faz as coisas propositalmente, pois não as percebe e pode acabar se viciando no tal efeito.

O vício acontece porque o cérebro tem produz uma substância química sempre que a pessoa apresentar quando tem o comportamento e isto vai produzir uma gravação neurológica cada vez mais forte contribuindo para que a pessoa se vicie nesta produção química.

Segundo Goldstein (2004), existe o TDAH do tipo não específico; a pessoa apresenta algumas características, mas um número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária desta pessoa. Esses sintomas também podem ser explicados por outros transtornos, por isso é preciso uma investigação minuciosa, a fim de descartar outras possibilidades de diagnóstico.

Segundo Benczik (2002) é comum nestas crianças, quando não conseguem fazer as tarefas se fecharem e não se sentirem estimuladas a tentarem fazê-las novamente, temendo um novo fracasso. Estas crianças tendem geralmente a produzir menos do que são capazes. Neste caso os elogios e encorajamento podem ajudar muito para que seu processo de aprendizagem seja mais eficiente.

`Magna de Oliveira Melo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

II Simpósio de Neuroeducação






                                        


                      Apresentação


Bem-vindo ao II Simpósio de Neuroeducação! Uma excelente oportunidade para você conhecer a Neuroeducação e saber mais sobre este campo de trabalho, sua metodologia, benefícios e eficácia de resultados. Serão dois dias de muito aprendizado, troca de experiências e interatividade.


Com o tema Dificuldades de Aprendizagem têm solução este Simpósio tem por objetivo gerar oportunidade científica para que o Instituto de Pesquisas em Neuroeducação continue efetivando sua missão de promover Projetos de Pesquisa com foco nas diferentes limitações do aprendizado humano, desenvolvendo estudos, investigando resultados e comprovando a eficácia das ferramentas de intervenção da Neuroeducação na superação das dificuldades pesquisadas.


Para mostrar a potencialidade da Neuroeducação e demonstrar as nuances da sua prática clínica, a agenda do Simpósio foi organizada com muitas atividades. Serão palestras abordando temas atualíssimos no campo das neurociências, um interessante workshop sobre a interação mecânica quântica entre os comandos da mente e os registros cerebrais dos movimentos corporais, apresentações de estudos de casos de Dificuldades de Aprendizagem solucionadas por neuroeducadores e cases de sucesso de escolas que adotaram a prática da Neuroeducação, no seu dia-a-dia.


Aguardamos você!
Inscrição

Investimento R$ 350,00 ( pagamento à vista no boleto ou em 3x no cartão de crédito )

Observação: Sindicalizados ao SIEEESP terão a 5ª inscrição como cortesia. Aproveite!
II Simpósio


01 e 02 de maio de 2010



Programação



“Dificuldades de Aprendizagem têm solução”



01 de maio


Tema do dia: “Neuroeducação: Neurotecnologia que elimina dificuldades de aprendizagem”.

08:00 às 09:00h - Welcome-coffe e entrega de material


09:00 às 9:50h - “Dificuldades de Aprendizagem têm solução”.

Palestrante: Prof. Esp. Susan Leibig


09:50 às 10:50h - “A prática clínica da Neuroeducação - Um relato do dia-a-dia de consultório

de três neuroeducadoras”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Simone Schmidt Neves

Neuroeducadora: Prof. Esp. Magna de Oliveira Melo

Neuroeducadora: Prof. Esp. Silvia Marcia Reze Schitini


10:50 às 11:20h - Coffebreak


11:20 às 11:45h - Estudo de caso “A Neuroeducação no tratamento das dificuldades de memória

de um Professor”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Daniella Carvalho Tonioli


11:45 às 12:10h - Estudo de caso “Os reflexos da timidez no processo de aprendizagem no adulto”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Maria Luiza Ramos


12:10 às 12:35h - Estudo de caso “Preguiça e Procrastinação: A Neuroeducação como instrumento

de uma vida mais ativa”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Talita da Silva


12:35 às 13:00h - Estudo de caso “Andragogia: Crenças limitantes, um obstáculo na busca

da excelência“.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Ninete Aparecida Mendes da Rocha


13:00 às 15:00h - Almoço

15:00 às 15:45h - Palestra de reflexão: "Da identidade e do papel do aluno como agente ativo no processo Ensino-Aprendizagem".

Palestrante: Prof. Ms. Luiz Felippe Matta Ramos


15:45 às 16:10h - Estudo de caso “Eliminando o medo de errar com a Neuroeducação”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Cândida Maria Cavalcante Soares


16:10 às 16:35h - Estudo de caso ”A Neuroeducação e os problemas de aprendizagem

do idioma estrangeiro”.

Neuroeducadora: Prof. Esp. Cláudia Guimarães Moraes


16:35 às 17:00h - Estudo de caso:“A Neuroeducação no tratamento da Fobia de Palco”.

Neuroeducador: Prof. Esp. Sergio Rodrigues Araujo


02 de maio


Tema da manhã: “A Neurociência da Aprendizagem”.


08:30 às 09:00h - Welcome-coffe

09:00 às 10:50h - “Dificuldades de Aprendizagem comprometem o desenvolvimento da

Inteligência?”

Facilitador: Prof. Dr. Armando Rocha


10:50 às 11:20h - Coffebreak


11:20 às 12:00h - “Neurogênese e Neuroplasticidade: possibilidades de transformação

Cerebral estimuladas pela Neuroeducação”.

Facilitadora: Prof. Ms. Denise Pirillo Nicida



12:00 às 13:00h - Workshop: “Uma abordagem mecânica quântica da Memória: Como utilizar

a mente para manter o tônus muscular do corpo sem a necessidade de fazer

movimentos físicos”

Facilitadora: Prof. Esp. Susan Leibig

13:00 às 15:00h - Almoço


Tema da tarde: “A prática da Neuroeducação no ambiente escolar”


15:00 às 15:45h - Case de Escola: Colégio Integrar – São Paulo - SP

“A Neuroeducação como ferramenta de inclusão na Educação Especial”.

Diretora da Escola e Neuroeducadora: Prof. Esp. Silvana Borella de Oliveira

Neuroeducadora: Prof. Esp. Solange do Amaral Cavalcanti


15:45 às 16:15h - Case de Escola: “A Neuroeducação fazendo a diferença, nos alunos

com dificuldade de Aprendizagem, em uma escola pública”.

Neuroeducadora: Prof. Sandra Borelli de Barros

16:15 às 17:00h - Case de Escola: Escola Educarte – Cruzeiro - SP

“Neuroeducando alunos para superarem dificuldades de aprendizagem”.

Diretora de Escola: Prof. Esp. Elaine Aparecida Ferreira Elisei

Neuoreducadora: Prof. Esp. Patrícia Mara Mota da Silva Vilena Pinto

Neuroeducadora: Prof. Sandra Gonzalo Cabot

17:00h - Encerramento do II Simpósio de Neuroeducação

domingo, 4 de abril de 2010

lição de casa

Minha nossa!!!Quanta lição de casa!!!


Seu filho esquece-se de fazer a lição de casa ou lembra somente em cima da hora? Muitas vezes faz tudo correndo  já que não há mais tempo para terminá-la? Sabia que pode ser apenas desorganização do tempo ao conteúdo escolar.

Estas ilustrações e este pequeno texto foram produzidos por um aluno do 4º ano do ensino fundamental.


ffffffffff nº:7
4ºano B
profª. Mariana


Um dia ffffffff(eu) estava na escola B. J.
E um dia a profª. Mariana me deu uma papelada de lição de casa.
Quando cheguei em casa fui ver a lição de casa.

E então,CCCCAAAABBBBBBBBUUUUUUUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Minha mochila estourou,e eu disse:


_My god!!Quanta lição!!!!!!!!!!!


Então eu não fiz a lição de casa.



Seu filho costuma dizer que tem muita lição de casa, esquece-se de faze-la ou lembra somente em cima da hora? Muitas vezes faz tudo correndo e já que não há mais tempo para terminá-la? Sabia que pode ser apenas desorganização do tempo ao conteúdo escolar.

Este comportamento é muito comum ao se iniciar o 6º ano do ensino fundamental. As disciplinas e os conteúdos aumentam e também há troca de professores frequentemente. Às vezes acontece de a criança não conseguir se adaptar tão facilmente a nova fase e com isso se perder na organização escolar. Com este tipo de comportamento é possível até iniciar até uma falsa dificuldade de aprendizagem.

No entanto, tudo isso pode ser temporariamente se os pais estiverem dispostos a dar uma forcinha nesta adaptação. Neste período pode acontecer de os pais acharem que a criança já está mais crescida e tem condições de lembrar de tudo sozinha, e tem mesmo, mas muitas vezes não tem uma estratégia para fazer isso.

Não estamos falando da matéria em si que o professor passa na sala de aula, já que isto ele tem que desenvolver o exercício e a vontade de prestar mais atenção, pois o controle dos professores passa a ser menor do que vinha sendo até o 5º ano e as crianças precisam desenvolver certas habilidades que a partir de agora será de extrema importância para o seu sucesso.

Uma questão muito importante é não deixar para depois o que é dever fazer agora, quando fazemos isso estamos colaborando para criar um hábito muito comum que é o da proscratinação, e deixamos a preguiça dominar e se instalar cada vez mais no nosso programa mental. Se houver repetição deste comportamento, o cérebro passa a utilizar esse mesmo circuito nas próximas vezes em que houver “coisas” a fazer, até que isto se torne um vicio e vamos nos tornando dependentes desta química cerebral, mesmo sem a nossa percepção. Então, não deixe a preguiça dominar, devemos combatê-la com firmeza.

Para dar uma forcinha nesta organização e um pontapé na preguiça podemos fazer uso de uma tabela. Os pais podem desenvolvê-la junto com a criança, e esta deve conter horários para estudo, lição de casa, trabalho e provas, quando houver.

Deverá ser estabelecido de comum acordo, sem imposição, os melhores horários e por quanto tempo deverá se dedicar à atividade de acordo com a necessidade do caso.

Abaixo segue um exemplo de tabela, nesta, a criança anota diariamente antes de iniciar a lição de casa, de preferência ao chegar a casa, pois terá mais facilidade para lembrar caso não tenha anotado. Ela deverá colocar qual é a matéria, quando foi passada a lição e para quando é a próxima aula, Segue da mesma forma a respeito dos trabalhos.

A tabela deve ficar em lugar visível, onde possa se vista com freqüência.

A regra é fazer a lição do dia no mesmo dia e ficar de olho nas datas. Toda vez que termina uma lição a criança devera colocar um X , já que esta tarefa estará cumprida. Isso pode motivar a criança a querer cumprir a próxima missão ou seria a próxima lição?

As crianças que utilizarem desta ferramenta não correrão o risco de esquecer-se de fazer nenhuma lição de casa, mesmo  que tenha sido passada a uma semana atrás.

Magna de Oliveira Melo
Neuroeducadora e Psicopedagoga