A criança com Transtorno de atenção sabe que todos a acham preguiçosa, desastrada ou que incomoda demais, mas tenta controlar sua atitude porque a criança com o transtorno tem necessidade de se sentir “enturmada” e motivada. Desde cedo percebe a necessidade de aprovação e de aceitação, desejo de agradar e uma grande ansiedade por causa disto, afirma Condemarín at. al (2006), só que frequentemente faz as atividades mal feitas para acabar logo e se quer fazer bem feito geralmente não consegue. Aumentando os riscos de fracassar novamente ao não atingir o que se espera dela. Costuma sentir que ninguém a entende porque não é igual às outras crianças e gostaria de ser. “As crianças tiram o sarro de mim, fazem gozações. Eles me chamam de minhoca e de supertartaruga lerdinha. Todos acham engraçado, menos eu” (BENCZIK e ROHDE,1999, p.19).
Ao longo da vida a história pessoal vai se estabelecendo, e é construída pelo significado que daremos de acordo com as nossas percepções dos acontecimentos que serão registrados em nossa mente. Quando a criança sentir-se culpada ou confusa por seus pais brigarem por causa dela e ter medo disso, principalmente ao ver a professora mandar bilhetes para a mãe sobre seu comportamento, suas notas, sua distração ou falar que sempre se mete em confusão, ela está construindo uma história que poderá aftar improdutivamente sua vida academica e social. "Fico triste. Às vezes tento disfarçar, finjo que não ligo, mas não é verdade. Queria que todos me dissessem: - Olha, o Pedro foi o melhor, como eu gostaria que a minha tarefa fosse realmente a melhor”. (BENCZIK e ROHDE,1999, p.23) Um fator fundamental para o aprendizado é a atenção e quando essas crianças não conseguem se concentrar, não aprendem o que é ensinado. A criança até pode saber é para fazer, mas não consegue, já que constantemente age sem pensar, não consegue controlar o comportamento, faz uma coisa e pensa em outra. “Não há como negar a importância da atenção no processo de aprendizagem, por exemplo, aprender a “prestar atenção” a detalhes de forma e de posição é fundamental para a aprendizagem da alfabetização” (Benczik, 2002). É necessário dar possibilidade de a pessoa passar por experiências externas que vão possibilitar que o seu sistema mental construa circuitos neurais necessários para esta operação.
O nosso trabalho terapêutico e individualizado tem como objetivo principal dar possibilidades para que o cliente possa se reorganizar em suas estruturas neurológicas, possibilitando que construções sinapticas sejam construídas ou organizadas a fim de fornecer meios eficazes para sua total funcionalidade cerebral. Através de um diagnóstico prévio, será levantado os matriciais limitadores a serem trabalhados e serão realizadas encontros periódicos as intervenções necessárias ao ajuste do foco de atenção.
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