Temos duas lateralidades cerebrais, a lateralidades esquerda e a lateralidade direita no cérebro, cada uma dessas lateralidades tem uma tela mental, ou seja, uma representação interna própria que constrói imagens, podendo ter sons e sentimentos. São projeções holográficas em local fora do cérebro, que nós neuroeducadores chamamos de tela mental.
Muitas vezes essas telas mentais estão funcionando inadequadamente ou há um conflito entre elas. Podem estar desajustadas por assim dizer, e esse desajustes causam dificuldades em vários níveis, inclusive na aprendizagem. Podem também estar desligadas, ou sejam, não funcionam.
Às vezes uma lateralidade domina a outra, há uma dominância da percepção visual também. É mais comum que uma pessoa destra tenha dominância no olho direito, na perna direita, etc e a canhota no olho esquerdo, na perna esquerda. A lateralidade cerebral é cruzada, por isso o lado direito do cérebro domina o esquerdo e vice versa. No quiasma ótico há esse cruzamento, parte da informação cruza e parte da informação é direta, que é a visão periférica.
Tudo isso se relaciona diretamente na atenção das informações que recebemos e como a acessamos na memória. O desajuste entre as lateralidades e a tela mental desorganiza o foco de atenção.
Podemos dizer que temos a primeira atenção e a segunda atenção, a primeira você capta todas as informações e a segunda você capta por tabela. Quando uma pessoa desfoca o olhar pode desconfiar de que a pessoa não esta prestando atenção com sua primeira atenção, desviando sua atenção para alguma outra coisa. Muitos alunos fazem isso na sala de aula, não conseguem manter a atenção na aula, mantem a atenção em outro pensamento ou situação e observa a aula com a segunda atenção, por isso muitas vezes não consegue lembrar-se do que estudou.
Há pessoas que são programadas para desligar a primeira atenção quando alguém começa a falar. Geralmente é um mecanismo de defesa dela. A pessoa olha, parece que está prestando atenção, responde às vezes, mas na realidade está mergulhada em outro assunto. Esse comportamento pode transformar-se num habito inconsciente, e não conseguir mais prestar atenção ou lembrar de informações que ouviu, nem se esforçando consegue, pois gerou um vício no comportamento, não presta atenção com sua primeira atenção e a desliga. O foco de atenção fica com percepção periférica. Percebe tudo a sua volta, mas o foco torna-se difuso, pegando partes de varias informações irrelevantes.
A pessoa diz que presta atenção, que ouve tudo, mas não sabe que está usando apenas sua segunda atenção e esta não tem tanta força suficiente para guardar eficazmente as informações.
Uma pessoa só é capaz aprender e se aprofundar em algo quando mantem atenção com a primeira atenção naquilo que vai aprender.
Para acessarmos nosso arquivo de memórias é necessário que o foco de atenção tenha força eficiente. A segunda atenção não tem a mesma força de manter o arquivo na tela mental, pega-se somente partes da informação e cada informação vai ancorando-se a informações diferentes. Por exemplo, o aluno fazendo prova, se não estudou a matéria com a primeira atenção, vai lembrar apenas partes do que estudou e uma palavra ou imagem, vai lembrar-se de outra coisa, e é o suficiente para acessar outros pensamentos, podendo esquecer totalmente o que estava fazendo.
Magna de Oliveira Melo
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