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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dislexia


A palavra dislexia vem do grego dys, que significa pobre, e lexia, que quer dizer linguagem. 
Linguagem prediz a capacidade do ser humano de comunicar-se por meio de símbolos e 
signos. A dislexia é um distúrbio de aquisição de leitura e escrita, ligada ao processamento da informação escrita, afetando de maneira crucial a capacidade de leitura, escrita e compreensão de uma pessoa, e tem natureza hereditária. É muito importante saber que a dislexia é uma dificuldade “específica” de leitura, não interfere na inteligência, não advêm de problemas visuais ou auditivos ou inadequação de escolaridade. Só podemos considerar dislexia quando há alteração no desenvolvimento da leitura de maneira considerável após descartar todas as hipóteses que possam justificar a dificuldade.

As crianças disléxicas apresentam dificuldades relacionadas à análise fonológica, uma 
dificuldade em transformar as letras em sons. Embora haja muito desconhecimento a respeito de suas características, a dislexia é uma das causas mais comuns dos problemas de aprendizagem, (cerca de 20 % no mundo e 15% no Brasil) frequentemente profissionais da educação, assim como pais, fazem confusão quanto à criança ser preguiçosa ou não ter interesse pelos estudos com uma condição real de distúrbio de leitura.

O fato é que uma criança  com dislexia faz muito esforço para aprender, o processamento mental que processa a leitura pode estar interrompido ou bloqueado dependendo do grau de intensidade da dislexia. A escrita demanda a identificação dos símbolos gráficos, a forma para compor a palavra e atribuição do significado que representa uma ideia. No processamento dos símbolos existe um fator que interfere para que não haja uma constância. A criança é capaz de escrever a mesma palavra de varias formas, pois não há o processo cognitivo da escolha das palavras escolhidas para compor a palavra. 

Muitas vezes por não se sentir competente esta criança não faz perguntas e sente-se 
bastante pressionada por pais e professores, que por desconhecerem os verdadeiros 
motivos do seu comportamento as pressiona ainda mais. 

Por Magna de Oliveira Melo

Mais informações, orientações ou atendimentos, acesse:

http://www.terapiaseaprendizagem.com.br/atendimentos-online

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desconto em todos os atendimentos

Durante os meses de Dezembro e Janeiro haverá um 50% desconto nos atendimentos via Skype e 40 %. presencial.

Válido somente para pacote de 10 sessões com validade até fevereiro de 2014.
A partir do termino não  será prorrogado o desconto.
Mais informações- mom@psicoterapias.com.br ou in box

Supervisão para profissionais

Horários disponíveis para supervisão via Skype. (necessário ter áudio e câmera)

Segundas ou sextas das 8hs as 10hs / 10hs às 12hs

Informações: Email : mom@psicoterapeutas.com.br ou mensagem in box

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Conheça a Síndrome de Irlen

http://www.youtube.com/v/N7ZSObFJX_g?autohide=1&version=3&showinfo=1&attribution_tag=MWnZIwg--3Nhs4ym22p74g&autohide=1&feature=share&autoplay=1

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Principais causas das dificuldades de aprendizagem e de ajustamento escolar

Causas físicas – São aquelas representadas pelas perturbações somáticas transitórias ou permanentes. São provenientes de qualquer perturbação do estado físico geral da criança/ como por exemplo: febre, dor de cabeça, dor de ouvido, colícas intestinais, anemia, asma, verminoses e todos os males que atinjam o físico de uma pessoa, levando-a a um estado anormal de saúde.

Causas sensoriais – são todos os distúrbios que atingem os órgãos dos sentidos, que são os responsáveis pela percepção que o indivíduo tem do meio exterior. Qualquer problema que afete os órgãos responsáveis pela visão, audição, gustação, olfato, tato, equilíbrio, reflexo postural, ou os respectivos sistemas de condução entre esses órgãos e o sistema nervoso, causará problemas no modo de a pessoa captar as mensagens do mundo exterior e, portanto, dificuldade para ela compreender o que se passa ao seu redor.


Causas neurológicas – são as perturbações do sistema nervoso, tanto do cérebro, como do cerebelo, da medula e dos nervos. O sistema nervoso, comanda todas as ações físicas e mentais do ser humano. Qualquer distúrbio em uma dessas partes se constituirá em um problema de maior ou menor grau, de acordo com a área lesada.

Causas emocionais – são distúrbios psicológicos, ligados às emoções e aos sentimentos dos indivíduos e à sua personalidade. Esses problemas geralmente não aparecem sozinhos, eles estão associados a problemas de outras áreas, como por exemplo da área motora, sensorial etc.

Causas intelectuais ou cognitivas – são aquelas que dizem respeito à inteligência do indivíduo, isto é, à sua capacidade de conhecer e compreender o mundo em que vive, de raciocinar sobre os seres animados ou inanimados que o cercam e de estabelecer relações entre eles.

Causas educacionais – o tipo de educação que a pessoa recebe na infância irá condicionar distúrbios de origem educacional, que a prejudicarão na adolescência e na idade adulta, tanto no estudo quanto no trabalho. Portanto, as falhas de seu processo educativo terão repercussões futuras.

Causas sócio-econômicas – não são distúrbios que se revelam no aluno. São problemas que se originam no meio social e econômico do indivíduo. O meio físico e social exerce influência sobre o indivíduo, podendo ser favorável ou desfavorável à sua subsistência e também às suas aprendizagens.

Todas essas causas originam distúrbios, que irão constituir-se nos diferentes problemas de aprendizagem.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Problemas escolares, TDAH e cardiofeedback

Problemas escolares, TDAH e cardiofeedback -
Gastão Ribeiro
A maioria dos trabalhos recentes encontra evidências que o TDA/H de que se trata de um distúrbio neurobiológico. Os trabalhos podem ser reunidos em dois grandes grupos, um que enfatiza o déficit funcional de certos neurotransmissores e outro grupo de estudos que enfatiza o déficit funcional do lobo frontal, o córtex cerebral, mais precisamente. Acredita-se que, dois dos neurotransmissores conhecidos, estariam envolvidas com o TDAH a dopamina e a noradrenalina. A favor desta hipótese está o fato de que medicamentos capazes de atenuar os sintomas do TDAH são feitos das mesmas substâncias que aumentam as quantidades de dopamina e de noradrenalina disponíveis no cérebro. Em suma, acredita-se que o TDAH é como uma disfunção executiva do lobo frontal, sendo que Barkley (2002) refere à falta de controle inibitório das condutas nestas pessoas. Os exercícios de coerência cardíaca, vão colocar o corpo em auto regulação, diminuir a presença de noradrenalina e com isto melhorar o desempenho da atenção e eliminar ou atenuar as situações de estresse escolar pois vamos ensinar a criança a criar coerência cardíaca diante destas. Os exercícios de cardiofeedback podem ajudar e muito as crianças com dificuldades escolares.
 
Magna de Oliveira Melo
Neuroeducadora/Psicopedagoga
mom@psicoterapeutas.com.br
 

Ejemplos de Cómo tratar la dislexia (+playlist)


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

Marilyn Wedge, Ph.D


Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam oDiagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firmecadre - que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Acordei doente mental


A quinta edição da “Bíblia da Psiquiatria”, o DSM-5, transformou numa “anormalidade” ser “normal”

A poderosa American Psychiatric Association (Associação Americana de Psiquiatria – APA) lançou neste final de semana a nova edição do que é conhecido como a “Bíblia da Psiquiatria”: oDSM-5. E, de imediato, virei doente mental. Não estou sozinha. Está cada vez mais difícil não se encaixar em uma ou várias doenças do manual. Se uma pesquisa já mostrou que quase metade dos adultos americanos tiveram pelo menos um transtorno psiquiátrico durante a vida, alguns críticos renomados desta quinta edição do manual têm afirmado que agora o número de pessoas com doenças mentais vai se multiplicar. E assim poderemos chegar a um impasse muito, mas muito fascinante, mas também muito perigoso: a psiquiatria conseguiria a façanha de transformar a “normalidade” em “anormalidade”. O “normal” seria ser “anormal”. 
A nova edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) exibe mais de 300 patologias, distribuídas por 947 páginas. Custa US$ 133,08 (com desconto) no anúncio de pré-venda no site da Amazon. Descobri que sou doente mental ao conhecer apenas algumas das novas modalidades, que tem sido apresentadas pela imprensa internacional. Tenho quase todas. “Distúrbio de Hoarding”. Tenho. Caracteriza-se pela dificuldade persistente de se desfazer de objetos ou de “lixo”, independentemente de seu valor real. Sou assolada por uma enorme dificuldade de botar coisas fora, de bloquinhos de entrevistas dos anos 90 a sapatos imprestáveis para o uso, o que resulta em acúmulos de caixas pelo apartamento. Remédio pra mim. “Transtorno Disfórico Pré-Menstrual”, que consiste numa TPM mais severa. Culpada. Qualquer um que convive comigo está agora autorizado a me chamar de louca nas duas semanas anteriores à menstruação. Remédio pra mim. “Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica”. A pessoa devora quantidades “excessivas” de comida num período delimitado de até duas horas, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais. Certeza que tenho. Bastaria me ver comendo feijão, quando chego a cinco ou seis pratos fundo fácil. Mas, para não ter dúvida, devoro de uma a duas latas de leite condensado por semana, em menos de duas horas, há décadas, enquanto leio um livro igualmente delicioso, num ritual que eu chamava de “momento de felicidade absoluta”, mas que, de fato, agora eu sei, é uma doença mental. Em vez de leite condensado, remédio pra mim. Identifiquei outras anomalias, mas fiquemos neste parágrafo gigante, para que os transtornos psiquiátricos que me afetam não ocupem o texto inteiro. 
Há uma novidade mais interessante do que as doenças recém inventadas pela nova “Bíblia”. Seu lançamento vem marcado por uma controvérsia sem precedentes. Se sempre houve uma crítica contundente às edições anteriores, especialmente por parte de psicólogos e psicanalistas, a quinta edição tem sido atacada com mais ferocidade justamente por quem costumava não só defender o manual, como participar de sua elaboração. Alguns nomes reluzentes da psiquiatria americana estão, digamos, saltando do navio. Como não há cordeiros nesse campo, movido em parte pelos bilhões de dólares da indústria farmacêutica, é legítimo perguntar: perceberam que há abusos e estão fazendo uma “mea culpa” sincera antes que seja tarde, ou estão vendo que o navio está adernando e querem salvar o seu nome, ou trata-se de uma disputa interna de poder em que os participantes das edições anteriores foram derrotados por outro grupo, ou tudo isso junto e mais alguma coisa?  

O crítico mais barulhento do DSM-5 parece ser o psiquiatra Allen Frances, que, vejam só, foi o coordenador da quarta edição do manual, lançada em 1994. Professor emérito da Universidade de Duke, ele tem um blog noHuffington Post que praticamente usa apenas para detonar a nova Bíblia da Psiquiatria. Quando a versão final do manual foi aprovada, enumerou o que considera as dez pioresmudanças da quinta edição, num texto iniciado com a seguinte frase: “Esse é o momento mais triste nos meus 45 anos de carreira de estudo, prática e ensino da psiquiatria”. Em carta aoThe New York Times, afirmou: “As fronteiras da psiquiatria continuam a se expandir, a esfera do normal está encolhendo”.  Não conheço os labirintos da APA para alcançar a resposta, mas acredito que vale a pena ficarmos atentos aos próximos capítulos. Por um motivo acima de qualquer suspeita: o DSM influencia não só a saúde mental nos Estados Unidos, mas é o manual utilizado pelos médicos em praticamente todos os países, pelo menos os ocidentais, incluindo o Brasil. É também usado como referência no sistema de classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). É, portanto, o que define o que é ser “anormal” em nossa época – e este é um enorme poder. Vale a pena sublinhar com tinta bem forte que, para cada nova patologia, abre-se um novo mercado para a indústria farmacêutica. Esta, sim, nunca foi tão feliz – e saudável. 

Entre suas críticas mais contundentes está o fato de o DSM-5 ter transformado o que chamou de “birra infantil” em doença mental. A nova patologia é chamada de “Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor” e atingiria crianças e adolescentes que apresentassem episódios frequentes de irritabilidade e descontrole emocional. No que se refere à patologização da infância, o comentário mais incisivo de Allen Frances talvez seja este: “Nós não temos ideia de como esses novos diagnósticos não testados irão influenciar no dia a dia da prática médica, mas meu medo é que isso irá exacerbar e não amenizar o já excessivo e inapropriado uso de medicação em crianças. Durante as duas últimas décadas, a psiquiatria infantil já provocou três modismos — triplicou o Transtorno de Déficit de Atenção, aumentou em mais de 20 vezes o autismo e aumentou em 40 vezes o transtorno bipolar na infância. Esse campo deveria sentir-se constrangido por esse currículo lamentável e deveria engajar-se agora na tarefa crucial de educar os profissionais e o público sobre a dificuldade de diagnosticar as crianças com precisão e sobre os riscos de medicá-las em excesso. O DSM-5 não deveria adicionar um novo transtorno com o potencial de resultar em um novo modismo e no uso ainda mais inapropriado de medicamentos em crianças vulneráveis". 
A epidemia de doenças como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) tem mobilizado gestores de saúde pública, assustados com o excesso de diagnósticos e a suspeita de uso abusivo de drogas como Ritalina, inclusive no Brasil. E motivado algumas retratações por parte de psiquiatras que fizeram seu nome difundindo a doença. Uma reportagem do The New York Times sobre o tema conta que o psiquiatra Ned Hallowell, autor de best-sellers sobre TDAH, hoje arrepende-se de dizer aos pais que medicamentos como Adderall e outros eram “mais seguros que Aspirina”. Hallowell, agora mais comedido, afirma: “Arrependo-me da analogia e não direi isso novamente”. E acrescenta: “Agora é o momento de chamar a atenção para os perigos que podem estar associados a diagnósticos displicentes. Nós temos crianças lá fora usando essas drogas como anabolizantes mentais – isso é perigoso e eu odeio pensar que desempenhei um papel na criação desse problema”. No DSM-5, a idade limite para o aparecimento dos primeiros sintomas de TDAH foi esticada dos 7 anos, determinados na versão anterior, para 12 anos, aumentando o temor de uma “hiperinflação de diagnósticos”.  
Pensar sobre a controvérsia gerada pelo nova “Bíblia da Psiquiatria” é pensar sobre algumas construções constitutivas do período histórico que vivemos. Construções culturais que dizem quem somos nós, os homens e mulheres dessa época. A começar pelo fato de darmos a um grupo de psiquiatras o poder – incomensurável – de definir o que é ser “normal”. E assim interferir direta e indiretamente na vida de todos, assim como nas políticas governamentais de saúde pública, com consequências e implicações que ainda precisam ser muito melhor analisadas e compreendidas. Sem esquecer, em nenhum momento sequer, que a definição das doenças mentais está intrinsicamente ligada a uma das indústrias mais lucrativas do mundo atual.
Parte dos organizadores não gosta que o manual seja chamado de “Bíblia”. Mas, de fato, é o que ele tem sido, na medida em que uma parcela significativa dos psiquiatras do mundo ocidental trata os verbetes como dogmas, alterando a vida de milhões de pessoas a partir do que não deixa de ser um tipo de crença. Talvez seja em parte por isso que o diretor do National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de Saúde Mental – NIMH), possivelmente a maior organização de pesquisa em saúde mental do mundo, tenha anunciado o distanciamento da instituição das categorias do DSM-5. Thomas Insel escreveu em seu blog que o DSM não é uma Bíblia, mas no máximo um “dicionário”: “A fraqueza (do DSM) é sua falta de fundamentação. Seus diagnósticos são baseados no consenso sobre grupos de sintomas clínicos, não em qualquer avaliação objetiva em laboratório. (...) Os pacientes com doenças mentais merecem algo melhor”. O NIMH iniciou um projeto para a criação de um novo sistema de classificação, incorporando investigação genética, imagens, ciência cognitiva e “outros níveis de informação” – o que também deve gerar controvérsias.
A polêmica em torno do DSM-5 é uma boa notícia. E torço para que seja apenas o início de um debate sério e profundo, que vá muito além da medicina, da psicologia e da ciência. “Há pelo menos 20 anos tem se tratado como doença mental quase todo tipo de comportamento ou sentimento humano”, disse a psicóloga Paula Caplan à BBC Brasil. Ela afirma ter participado por dois anos da elaboração da edição anterior do manual, antes de abandoná-la por razões “éticas e profissionais”, assim como por ter testemunhado “distorções em pesquisas”. Escreveu um livro com o seguinte título: “Eles dizem que você é louco: como os psiquiatras mais poderosos do mundo decidem quem é normal”.
A vida tornou-se uma patologia. E tudo o que é da vida parece ter virado sintoma de uma doença mental. Talvez o exemplo mais emblemático da quinta edição do manual seja a forma de olhar para o luto. Agora, quem perder alguém que ama pode receber um diagnóstico de depressão. Se a tristeza e outros sentimentos persistirem por mais de duas semanas, há chances de que um médico passe a tratá-los como sintomas e faça do luto um transtorno mental. Em vez de elaborar a perda – com espaço para vivê-la e para, no tempo de cada um, dar um lugar para essa falta que permita seguir vivendo –, a pessoa terá sua dor silenciada com drogas. É preciso se espantar – e se espantar muito.
Vale a pena olhar pelo avesso: quem são essas pessoas que acham que o “normal” é superar a perda de uma mãe, de um pai, de um filho, de um companheiro rapidamente? Que tipo de ser humano consegue essa proeza? Quem seríamos nós se precisássemos de apenas duas semanas para elaborar a dor por algo dessa magnitude? Talvez o DSM-5 diga mais dos psiquiatras que o organizaram do que dos pacientes. 
Há ainda mais uma consequência cruel, que pode provocar muito sofrimento. Ao transformar o que é da vida em doença mental, os defensores dessa abordagem estão desamparando as pessoas que realmente precisam da sua ajuda. Aquelas que efetivamente podem ser beneficiadas por tratamento e por medicamentos. Se quase tudo é patologia, torna-se cada vez mais difícil saber o que é, de fato, patologia. Por sorte, há psiquiatras éticos e competentes que agem com consciência em seus consultórios. Mas sempre foi difícil em qualquer área distinguir-se da manada – e mais ainda nesta área, que envolve o assédio sedutor, lucrativo e persistente dos laboratórios. 
Se as consequências não fossem tão nefastas, seria até interessante. Ao considerar que quase tudo é “anormal”, os organizadores do manual poderiam estar chegando a uma concepção filosófica bem libertadora. A de que, como diria Caetano Veloso, “de perto ninguém é normal”. E não é mesmo, o que não significa que seja doente mental por isso e tenha de se tornar um viciado em drogas legais para ser aceito. Só se pode compreender as escolhas de alguém a partir do sentido que as pessoas dão às suas escolhas. E não há dois sentidos iguais para a mesma escolha, na medida em que não existem duas pessoas iguais. A beleza do humano é que aquilo que nos une é justamente a diferença. Somos iguais porque somos diferentes. 
Esse debate não pertence apenas à medicina, à psicologia e à ciência, ou mesmo à economia e à política. É preciso quebrar os monopólios sobre essa discussão, para que se torne um debate no âmbito abrangente da cultura. É de compreender quem somos e como chegamos até aqui que se trata. E também de quem queremos ser. A definição do que é “normal” e “anormal” – ou a definição de que é preciso ter uma definição – é uma construção cultural. E nos envolve a todos. Que cada vez mais as definições sobre normalidade/anormalidade sejam monopólios da psiquiatria e uma fonte bilionária de lucros para a indústria farmacêutica é um dado dos mais relevantes – mas está longe de ser tudo. 
E não, eu não acordei doente mental. Só teria acordado se permitisse a uma Bíblia – e a pastores de jaleco – determinar os sentidos que construo para a minha vida. 
 

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O avesso da lenda(Artes e Ofícios), A vida que ninguém vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O olho da rua - uma repórter em busca da literatura da vida real (Globo).
elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum  
(Foto: Lilo Clareto/ Divulgação)


Magna de Oliveira Melo- Neuroeducadora/ Psicoterqapeuta

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Treinando o lado emocional do cérebro- Déficit de atenção


O controle emocional, a habilidade de se regular as emoções ou de direcioná-las para atingir um objetivo, é o ponto fraco de muita gente, especialmente aqueles que sofrem com transtornos de ansiedade, alimentação ou personalidade. Pode-se levar anos de terapia para se fortalecer o controle emocional. Ou então, de acordo com um novo estudo, é possível atingir esse mesmo objetivo com poucas semanas de treinamento cerebral focado no fortalecimento da memória de trabalho (de curto-prazo).
Acontece que o circuito do cérebro envolvido com o controle emocional está muito sobreposto às estruturas responsáveis pela memória de trabalho, aquela habilidade de guardar na mente umas sete informações por menos de um minuto. Esse é o mesmo tipo de memória que nos ajuda a lembrar da lista de compras, de um número de telefone, ou que nos permite fazer de cabeça uma conta matemática mais longa, ou mesmo ler um parágrafo mais complexo.
Acredita-se que a memória de trabalho é uma função cognitiva básica da qual dependem muitos tipos de cognição de alto nível, tais como a compreensão e produção de linguagem, solução de problemas e tomada de decisão. Isso porque vários experimentos comprovaram que o treinamento da memória de trabalho tem melhorado não só a memória de curto prazo em si, como também essas outras habilidades. Em muitos desses experimentos os indivíduos treinavam por apenas 20 minutos diariamente durante um mês e, mesmo após o encerramento do treinamento, seus efeitos foram sentidos por vários meses.
Uma pesquisa recente demonstrou que o treinamento de memória de trabalho também possui a capacidade de fortalecer a habilidade de controle emocional. Para isso, os pesquisadores adaptaram um jogo de memória de trabalho para incluir um componente emocional, exibindo rostos com expressões negativas junto com as demais imagens. O treinamento durou 20 dias e os indivíduos treinaram 20 a 30 minutos por dia. Ao final do treinamento, todos os indivíduos passaram por uma série de testes que comprovaram que eles melhoraram suas habilidades de memória de curto prazo e também as de controle emocional.
Muitos neurocientistas estão buscando maneiras de como o treinamento de memória de trabalho pode auxiliar populações com certos transtornos específicos, como pacientes com déficit de atenção. Algumas pesquisas já demonstraram o sucesso desse treinamento com crianças que sofrem de déficit de atenção, reduzindo seus sintomas.
Enquanto os cientistas pesquisam mais aplicações para esse tipo de treinamento, você já pode colher os benefícios de exercitar sua memória de trabalho com os jogos do Cérebro Melhor, desenvolvidos cientificamente para melhorar suas habilidades cerebrais.
Fonte:
Schweizer, Grahn, Hampshire, Mobbs eDalgleish, “Training the Emotional Brain: Improving Affective Control through Emotional Working Memory Training”,The Journal of Neuroscience, 20 March 2013, 33(12): 5301-5311.
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Atendimentos

Presencial e Online:

  • Dificuldades emocionais- Inteligência emocional

  • Dificuldades pessoais

  • Traumas

  • Estresse

  • Fobias

  • Medo de falar em público

  • Ansiedade

  • Ansiedade social-Fobia social



Vergonha e Timidez


  • Autoestima

  • Autovalor- Amor próprio

  • Coaching- Metas e objetivos

  • Etc 

 

WhatsApp 55-11-8117 5807

E-mail para-  actool@actool.com.br


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Questões emocionais em alta.



Recebo e-mails diariamente de pessoas que precisam resolver diversos problemas de ordem emocional. São eles: 
Auto estima afetando relacionamentos e emprego
Brigas
Impaciência e intolerância com coisa banais.
Incapacidade de ter convivência social.
Sofrer demais ou achar que todos são contra.
Falta de controle.
Não ter paciência de lidar com as atividade dos filhos.

Enfim, são pessoas de diversos lugares do mundo. A falta de habilidade em organizar emoções, sentimentos, sensações, pensamentos é um problema mundial e pode afetar as decisões importantes da nossa vida completamente.

Em situações de Estresse que esse problema emocional gera, há uma alteração na maneira como o cérebro processa as informações. Podendo alterar o funcionamento eficiente de maneira momentânea ou se prolongar improdutivo para sempre, afetando inclusive a memória em alguns casos.

Bom, as pessoas frequentemente pedem fórmulas magicas por e-mail, mas infelizmente elas não existem. As pessoas ainda relutam em fazer terapia para coisas consideradas " simples", pois não chega a ser um transtorno patológico muitas vezes. Mas a necessidade de trabalhar esse aspecto é tão importante quanto.
Ao aprender algumas estratégias e trabalhar disparadores ou traumas que geram esses comportamentos podemos evitar mitos futuros problemas, e os presentes também.

Embora eu faça as orientações solicitadas em e-mail, sei que só saber o que fazer é muito pouco e há pouca chance de uma pessoa se auto ajudar.

quem estiver passando por estes processos, busque ajuda, não é necessário ficar envergonhado achando que está com um problema mental. Mais fácil resolver coisas simples em poucas sessões do que ficar em tratamento prolongado no futuro.

Magna Oliveira Melo
Psicoterapeuta-
5511-96246 9363

domingo, 10 de março de 2013

Entrevista sobre Hipnose de Gastão Ribeiro

Conheça como a Hipnoterapia pode ajudar na terapia.
Magna Olivéria Melo
Master em programação neurolinguística / Hipnoterapeuta / Neuroeucadora

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vídeo-IHA - TGD - parte II

Vídeo- IHA - TGD - parte I

 Professores que tem alunos  com TGD e não sabem como fazer na sala de aula ou na escola, esse vídeo com Izabel Moura e Cristiane Botelho, pode ajudar bastante.
São 3 partes.
Estão todas aqui no Blog- www.aaprendizagem.blogspot.com.br para facilitar e ajudar você que precisa desta informação.
Magna O. Melo- Neuroeducadora e Psicopedagoga

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cérebro e memória- Cumprindo nossa missão na terra


De que são feitas nossas lembranças?
A estrutura física das memorias- 100 bilhões é o número de estrelas de nossa galáxia, que outros recamos da galáxia teriam tamanhas quantidade de entidades pulsantes? Em nosso universo mental 100 bilhões de células nervosas pulsam incessantemente descarregando umas nas outras, poeira das estrelas, substâncias neuroquímicas que vão essencialmente excitar ou inibir outras galáxias neuronais, determinando a qualidade de nossos pensamentos, sentimentos, memórias, linguagem e muitas outras funções cognitivas e  motoras que vão nos permitir agir e  nos comportar da melhor maneira possível, para que e possamos cumprir nossa missão na terra, lutar pela vida e transmitir essa mensagem aos nossos descendentes.

mom@psicoterapeutas.com.br

Cérebro e memória- Cumprindo nossa missão na terra

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