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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Memória- base, holográfica....

O que é memória holográfica? Como é formada?

A memória e a aprendizagem são as bases para todos os conhecimentos, habilidades intelectuais e mentais, e planejamentos.

Por que ela falha quando mais precisamos dela?

A memória pode alterar o seu funcionamento devido a variados fatores como distúrbios cerebrais, neurais, danos no hipocampo, estresse, falta de sono, entre outros.

Como estimulá-la?

E o mais importante: como estimular os alunos a obterem os benefícios das informações e conteúdos e armazená-los na memória de longo prazo?

Essas perguntas dos processos mnemônicos e outras são as bases deste capítulo que fornece explicações e processos facilitadores para se ter não uma memória, mas sim um HD de arquivo.

Magna Oliveira Melo

leia mais no livro "O cérebro que aprende"
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Como controlo as minhas emoções?

É  importante saber lidar com os proprios sentimentos, uma pessoa que sabe controlar seus próprios sentimentos vai se sair bem em qualquer situação, mas as pessoas que não dominam suas emoções podem ser prejudicadas em muitas áreas da vida. Se a pessoa  não conseguir ter um relacionamento harmonioso com outras pessoas, devido a falta de um ajuste emocional, provavelmente terá problemas na vida pessoal e também na vida profissional, não importando o seu Q.I..

Todos os nossos sentimentos são derivações da tristeza, do medo, da alegria ou da raiva que são os sentimentos mais fortes que temos, é muito bom  reconhecê-los em nós. Para ter controle das emoções faz-se necessário este  reconhecimento dos próprios sentimentos assim como  de outros.

Às vezes pensamos que se conseguíssemos ter controle emocional seria muito bom, mas não é tão simples, não é verdade? Vamos imaginar uma situação comum hoje em dia. Uma pessoa está dirigindo seu carro atrasada e irritada. Acaba levando uma fechada e fica vontade de brigar com o suposto culpado, mas ela  consegue se controlar e não briga. Você  acha que ela tem controle emocional porque não explodiu? Infelizmente na verdade  ela  controlou apenas a sua reação,  reprimiu a raiva que sentia, , ou seja, não conseguiu utilizá-la e nem modificá-la de modo produtivo e acabou guardando tal emoção e fingindo que não a sentiu.
O que aconteceu então?

Esta pessoa foi controlada por sua emoção porque houve neste caso certamente uma incongruência entre o que ela expressou e o que ela estava sentindo naquela hora. Se ficasse  reclamando  também teria tido  uso inadequado da sua emoção, pois este tipode  reclamação limita escolher as melhores ações porque faz com que a pessoa não veja uma alternativa.

Mas o quer dizer então controlar-se?

Tenho que expressar tudo e por pra fora o que sinto, mesmo ferindo ou magoando outras pessoas?         

As explosões  deveriam ser evitadas, por outro lado ao suprimir uma emoção  dará a ela a liberdade de se manifestar como quer, onde quer, ou seja, pode haver uma somatização para emoções reprimidas, gerando fortes reações sensoriais, desencadeando doenças psicossomáticas, como problemas de saúde e problemas mentais que podem resultar em violência, agressividade, uso de drogas, que também podem resultar em delinqüência, abandono e agressões a crianças, desemprego, evasão escolar, brigas de trânsito, violência doméstica entre tantos outros prejuízos emocionais. Deve ser feito, portanto uma ressignificação, ou seja, elaborar uma nova interpretação sobre o sentimento a fim de evitar as emoções reprimidas, e ao dar um novo significado para elas, as explosões serão evitadas naturalmente.

Pagamos um preço alto por este analfabetismo emocional, que muitas vezes podem resultar nestas conseqüências desastrosas. Muitos problemas podem evitados com um uso mais adequado das emoções.

Infelizmente nem sempre é percebido como pode-se ter uma escolha emocional e a tendência é continuar cada vez mais presos a emoções que não geram nenhuma produtividade para os objetivos pessoais.

Mas o que é escolher a emoção mais correta e como sei quais são as corretas?

Muitas vezes os sentimentos que não são facilmente identificados. Sabe-se se é bom ou ruim, mas há uma incapacidade de descrevê-los ou nomeá-los, ter emoções e nem saber o que é, e achar que tudo que acontece é incontrolável, achar que é “seu jeito de ser” e simplesmente não conseguir modificar.

Para escolher e poder estar no controle a primeira regra é conhecer a estrutura das “próprias” emoções, tudo o que sente, como e quando sente, assim como o porque e qual comportamento tem quando manifestam-se estes sentimentos. Observar as emoções que trazem benefícios e quais te trazem apatias (inércia) ou pior, desastres emocionais para si e para outra pessoa. Não é considerado normal descarregar um sentimento ruim em alguém e não se dar conta do que é e porque fez isto, deve ser capaz de entender porque sente certas coisas e porque tem comportamentos inadequados, quando não os deseja. O impulso de culpar outras pessoas por seus sentimentos certamente é uma reação equivocada. Os estados emocionais não são fatores externos, mas sim o que acontece dentro de cada pessoa.

Torna-se mais fácil mudar o comportamento que temos frente ao problema quando se sabe qual é a estrutura dos sentimentos. Para isso é importante refletir sobre o assunto querer ver as opções que tem. Entender-se a si mesmo, suas ações e reações. Quanto mais você se conhece, mais entende suas necessidades. Quanto mais elaborada a referência de emoção, mais adequada e mais opções emocionais construídas com a razão vai ter, assim torna mais claro o controle emocional.

 “Planos emocionais representam um acréscimo maravilhoso no automatismo emocional, permitindo que sejamos atores emocionais, não reatores” (LeDoux, 2001, p.162).


Muitos dos problemas emocionais são traumas causados por situações sofridas, ou seja, qualquer lembrança da experiência em questão pode dar a sensação de que a situação se manifesta novamente.

Quando a pessoa não consegue fazer sozinha a mudança no sistema emocional e este limita sua qualidade de vida, causando um total descontrole emocional, deve procurar ajuda a fim de não perder parte da vida tendo emoções que não servem para nada ou pior podendo prejudicar sua vida e a de outros. Pois é dever de cada uma ajudar o seu cérebro a construir as conexões sinapticas mais adequadas para que as emoções sejam as mais produtivas possíveis.

Qualquer problema emocional, mesmo os mais intensos podem ser reformulados.  Uma das maneiras de tratar isto é reviver a situação em um momento que a pessoa esteja com emoção adequada. Se ela tiver um trauma muito profundo que gera a sensação de inviabilidade, ainda assim poderá ser ressignificado e uma vez refeita a história, a pessoa não tem mais a sensação anterior, pois houve uma intervenção em suas programações neurológicas, ou seja, houve uma neuroeducação.

Magna de Oliveira Melo

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como o professor deve falar para o aluno entender?

       

Porque muitas vezes não entendemos o que uma pessoa está dizendo? Ou até presumimos o que ela vai dizer mesmo antes dele terminar de dizer?  Por que tendemos a  concluir com nossas palavras o que  deixou de ser especificado?
Muitas vezes, tem-se dificuldade em entender o que o outro está querendo dizer com o seu modelo de comunicação, já que tal modelo está sendo expresso em uma estrutura superficial. É o que se vê no exemplo a seguir:
Um fazendeiro do Texas, ao voltar para casa depois de um discurso político:
Esposa: “Quem fez o discurso?”
Fazendeiro: “O prefeito.”
Esposa: “Sobre o que ele falou.”
Fazendeiro: “Bem, ele não disse.” (CHUNG, 2003, p.218)

            Às vezes o emissor começa a fala do meio para o fim ou do fim para o começo,  presumindo que o receptor já conheça o assunto ou parte dele, quando, na verdade, este lhe é totalmente desconhecido, como, por exemplo: “Estou magoada com ela!” (Ela quem?/ Magoada como?), ou quando usa palavras passíveis de várias interpretações e  ainda quando a pessoa omite ou ignora alguns pedaços do assunto. É necessário recuperar esses dados da informação, principalmente se o vocabulário do emissor for muito restrito.
Para entender o conteúdo linguístico das palavras que o emissor está usando,  deve-se tomar o cuidado de recuperar a estrutura profunda da linguagem utilizada por ele, ou seja, o conteúdo da mensagem, a representação total do seu significado. Caso contrário, o receptor poderá interpretar conforme o seu próprio conteúdo linguístico que pode diferir da experiência do emissor.

Um estudante de aviação estava fazendo seu primeiro voo solo. Ao ligar o rádio para receber as instruções a torre de controle perguntou: “Você poderia nos dá sua altitude e posição?”
O piloto disse: “Tenho um 1,70m e estou sentado na frente.” (CHUNG, 2003, p.218)

Bandler e Grinder (1996), os criadores da programação neurolinguística, afirmam que a estrutura mais profunda são as mais completas representações linguísticas da experiência de uma pessoa. As palavras que usamos para descrever uma experiência não são a experiência. São apenas a melhor representação verbal que podemos apresentar. Assim, uma das medidas de sucesso para uma boa comunicação é como nossas palavras podem transmitir com cuidado e precisão o que queremos.
Quando estamos no papel de emissor, devemos tomar o cuidado de falar exatamente o que queremos dizer e usar palavras que sejam acessíveis ao conteúdo do receptor da mensagem a quem nos dirigimos e que, por meio dos seus cinco sentidos, seja possível que ele tenha uma representação próxima da nossa. É necessário saber então que as palavras obrigatoriamente devem ser muito bem escolhidas, e isso não significa usar muitas palavras, mas usar boas palavras, procurando sempre levar em consideração a representação interna do receptor.
Um bom exemplo é o caso ocorrido com um rapaz de 26 anos – hoje bem sucedido, mas que foi criado numa favela, – que reclamava da dificuldade encontrada na escola quando a professora se referia a frutas que não conhecia, tais como maçã, pera, pêssego.
Esse tipo de falha de comunicação ocorre muito em sala de aula, quando muitas vezes o professor fala levando em conta apenas sua representação de realidade.
Outro exemplo é o caso acontecido com o aluno que, diante de um problema em que tinha que calcular o perímetro do rodapé de uma sala, não conseguia resolvê-lo. O professor presumiu que a criança não tinha adquirido a noção de perímetro e começou a explicar novamente o assunto; porém o aluno perguntou: “Professor o que é rodapé?”.
Ou ainda um aluno do 5º ano fazendo uma prova em que o texto trazia a seguinte informação: “Uma velhinha que sabia andar de lambreta, passava todo dia pela frente da alfândega com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega, tudo malandro velho, começou a desconfiar da velhinha.”. A questão relativa ao texto foi: “O que o autor quis dizer com tudo 'malandro velho'?”. Grande parte dos alunos não entendeu a questão, pois, além de desconhecimento desse tipo de gíria, havia a necessidade de compreender antes o significado da palavra “alfândega”.
A pessoa deve se comunicar com clareza se pretende ser capaz de dar informações aos outros, assim como uma pessoa também  deve se comunicar com clareza se deseja conseguir de outras as  informações de que necessita.
Bandler e Grinder (1977) desenvolveram um instrumento chamado metamodelo de linguagem, a magia transformacional dentro das pessoas. Usando as palavras,  é possível promover mudanças dentro delas, porque vão ser feitas as perguntas certas. Ao responder às perguntas, a própria resposta já faz a transformação. Então a arte de fazer boas perguntas é fundamental para a excelência da comunicação. Esta descoberta se deu na observação do trabalho de alguns terapeutas, entre eles, Frits Pearls, Milton Erickson e Virgínia Satir. Todos tinham uma grande capacidade de comunicação, precisão e eficiência na qualidade de obter respostas que mudavam o modelo da percepção dos seus clientes.
O metamodelo de linguagem é uma forma de comunicação que possibilita compreender o significado que determinada palavra tem para uma pessoa. Este modelo linguístico específico identifica se há distorção, processo mental pelo qual algo dentro da experiência interior é representado de maneira incorreta e limitadora; generalização, processo mental pelo qual uma experiência específica passa a representar toda uma classe de experiências;  ou eliminação,  processo mental através do qual excluímos, omitimos dados ou informações de uma experiência. De acordo com BANDLER e GRINDER (1996, p.70), “são as três características mais comum a todos os processos humanos de  modelagem”. 
Este modelo é usado para conseguir obter uma comunicação que consiste integralmente em uma frase bem estruturada, que intervém na comunicação linguística que se está usando para especificar o conteúdo. Utiliza-se este modelo para poder resgatar e construir uma representação interna a respeito do que se está falando e para que se tenha uma construção muito próxima da do emissor, ou seja, da sua representação interna. Por exemplo: Um aluno de 15 anos, cursando 1º ano do Ensino Médio, queixa-se de dificuldade de fazer amigos, refletindo numa dificuldade de aprender.

professora: O que exatamente está te incomodando?
aluno: Eu não tenho amigos na escola, ninguém gosta de mim. (ninguém indica generalização).
professora:  Ninguém??!!!Como você sabe disso?
aluno: Eu sei , eu vejo no jeito dos colegas. (uma generalização, em que o jovem do caso pressupõe saber o que o outro sente).
professora: como você sabe o que o outro pensa ou sente? Você poderia me explicar melhor.
aluno:  Bom, eu é que acho.
professora: Observe, pois, da mesma forma que você gosta das pessoas, eles gostam de você.

Magna O. Melo
Saiba mais no livro Neuroeducação para educadores.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Psicopedagogia

É uma especialidade que investiga e compreende o processo de aprendizagem e a relação que o aprendiz estabelece com a mesma, levando em consideração a interação dos aspectos sociais, culturais e familiares.
            O  objetivo é facilitar ao indivíduo a construção cognitiva e a retomada do seu processo de aprendizagem.



Psicopedagoga-Magna de Oliveira Melo

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O que os pais podem fazer- 1ª parte

O que os pais podem fazer
quando seus filhos têm problemas na escola
 Don A. Blackerby Ph.D.
Uma das maiores frustrações para os pais é descobrir que seus filhos têm dificuldades na escola. A maioria dos pais não sabe o que fazer nem onde buscar auxílio. A maneira mais óbvia de encontrar esse auxílio seria falar com os professores, na própria escola. No entanto, muitas vezes, os professores também não sabem o que fazer. Parte do problema deve-se ao fato de que os professores não são treinados extensivamente para lidar com alunos que têm dificuldades. Esse é um problema muito complexo, e com muitas causas.
A culpa está em toda parte. Todos apontam o dedo para alguém, como sendo o responsável pelo problema. Os pais, muitas vezes, culpam os professores ou o sistema escolar. Os professores, muitas vezes, culpam os pais, a falta de apoio familiar, ou a falta de fundos para adquirir material e livros. TODOS culpam o aluno. Eles acusam o estudante de não fazer o esforço necessário, ou de ser preguiçoso, ou de não ligar para a escola. Freqüentemente, eles rotulam o aluno como incapaz de aprender e o colocam em classes especiais. Enquanto isso, o aluno continua com problemas, e o nível de frustração de todos continua a crescer.
A maioria das soluções busca a mudança de comportamento e de ambiente do aluno. Nós podemos ensiná-lo, cortar-lhe os programas de TV, fazê-lo estudar por mais tempo, ou monitorar seu trabalho escolar para garantir que o mesmo seja realizado. Às vezes, mudamos de professores ou de escola, ou levamos o aluno a fazer seu trabalho de casa num local diferente, ou em horários diferentes. Na maioria das vezes, essas tentativas não trazem qualquer solução a longo prazo. Produzem uma grande quantidade de policiamento por parte dos pais e muito desacordo entre o aluno e seus pais. Isso fere sentimentos e causa ainda mais frustração tanto para os pais como para o estudante.
Talvez seja a hora de buscar soluções em lugares diferentes. Talvez, a verdadeira resposta sobre como ajudar os alunos com dificuldade não esteja em mudar seu comportamento ou ambiente, mas sim na maneira como o estudante percebe a escola e o aprendizado. Em minha opinião, existem cinco áreas básicas, dentro das quais se originam os problemas escolares. São elas:
·         Atitude inadequada em relação à escola,
·         Falta de conhecimento sobre como aprender,
·         Falta de motivação,
·         Suposição de intenção negativa
·         Reação inadequada dos pais e dos professores.
ATITUDE: Certifique-se de que o aluno tem uma maneira adequada de pensar SOBRE a escola e o aprendizado, ou SOBRE certos assuntos. A forma como um aluno pensa sobre a escola define a existência ou inexistência de sentido da mesma. Se a escola não tiver significado positivo, ela se torna uma incubadora de problemas de comportamento. Eu uso uma metáfora: "Não saber o que significa a escola é como armar um quebra-cabeças sem olhar a figura da caixa. Sem esta, as peças, individualmente, não têm significado algum. Quando se observa a figura da caixa, vê-se de que maneira as peças devem ser combinadas – e de que maneira as diferentes partes do quebra-cabeças se relacionam entre si."
Pode-se descobrir qual é a atitude do estudante através da resposta à seguinte pergunta: "O que a escola significa para você?" Se ele responder coisas como: "Nada", ou "Não sei", ou "Lá eu vejo meus amigos" , ou "Eu tenho que freqüentá-la", isso demonstra que ele vê a escola como algo sem sentido. Na melhor das hipóteses, ele se obriga a fazer as tarefas que lhe são impostas. A escola não é nada interessante. Se ele disser: "A escola é chata, eu a odeio!", ou "Os professores implicam comigo", ou alguma variação disso, a escola significa um problema de comportamento após o outro. Se a resposta for alguma variação de: "É o lugar onde vou para aprender coisas novas", então a escola tem um significado positivo e será algo interessante.
Um dos níveis em que a atitude e o significado realmente fazem a diferença, é a faculdade. Muitas vezes, os estudantes se matriculam na faculdade porque é isso que se espera deles, ou porque querem ter um nível superior. No entanto, muitas vezes, eles ainda não sabem o que desejam de uma profissão ou carreira. Eles ainda não imaginaram o que desejam fazer de suas próprias vidas. Quando isso acontece, muitas vezes o trabalho do curso não terá sentido para eles. Por isso, eles devem forçar a si próprios a estudar. Se ainda não aprenderam boas estratégias de aprendizado, o trabalho mais complexo do curso será ainda mais difícil para eles do que foi nos níveis inferiores. Isso, juntamente com a falta de sentido dos cursos, torna a faculdade uma experiência muito frustrante. Acrescente-se a essa frustração a experiência dos estudantes que começam a viver independentes pela primeira vez, e isso muitas vezes torna sua vida social muito mais tentadora do que o estudo. Suas notas caem ainda mais rapidamente. Aí, eles começam a pensar que a faculdade não é para eles. Quando eu recebo um desses estudantes para conversar, eu procuro eliciar sua Pergunta Virtual. Essa Pergunta Virtual é uma pergunta inconsciente que define quem eles são e qual é sua finalidade de estar aqui no planeta terra. Ela define a vida deles e o que REALMENTE importa para eles. Uma vez conhecendo sua Pergunta Virtual, eles podem escolher carreiras e tomar outras decisões importantes, para encontrar uma resposta a essa Pergunta Virtual.
Outro fenômeno interessante que encontro quando trabalho com estudantes e seus pais, é a idéia de que eles gostam, ou não gostam, de determinadas matérias. A maneira como eles falam sobre elas faz parecer que isso é uma lei natural ou genética. Eles fazem comentários como: "Eu gosto de Inglês e de História." Adivinhe em que matérias eles se saem bem? Gostar ou não de uma matéria é uma questão de percepção – e a percepção pode ser mudada. Pense nas vezes, em sua vida, que você mudou a percepção de alguma coisa. Pode ter sido por influência de um professor, ou pela maneira como um amigo explicou o assunto, ou você descobriu um aspecto do assunto que captou o seu interesse. Um dos fatores que influencia fortemente o gostar ou não de uma matéria é a maneira como nós pensamos SOBRE ela. Se nós pensamos de uma maneira negativa, geralmente não vamos gostar dela porque ela não fará sentido para nós. Se tivermos uma forma boa ou útil de pensar sobre ela, então nós gostaremos dela, porque vemos sua finalidade.
Eu fui professor de matemática. Assim sendo, sempre tive interesse em saber porque alguns alunos gostam de matemática e outros não. Até agora, encontrei quatro causas fundamentais dos problemas dos alunos em relação à matemática. São as seguintes:
  1. Eles não têm o conhecimento dos fatos matemáticos de maneira que os mesmos lhes sejam automáticos. Os fatos matemáticos são somar, subtrair, multiplicar e dividir os números de 0-9 ( ex.: 8x7=56, ou 9+6=15, ou 63:7=9). Ao invés desses fatos serem automáticos, muitos estudantes têm estratégias para computar tais respostas. Essas estratégias irão atrasá-los no futuro, quando estiverem lidando com problemas mais complexos.
  2. Eles não conhecem a terminologia da matemática de forma que possam compreender o professor ou a leitura do livro.
  3. Eles não têm uma estratégia para aprender matemática.
  4. Eles não tem uma maneira positiva de pensar sobre matemática, que ative seu interesse e motivação.
Vamos discutir as primeiras três causas na próxima seção. A última está muito relacionada com esta seção. Muitas vezes, quando pergunto a um aluno: "Em sua opinião, o que a matemática estuda?", recebo respostas que vão desde um "Eu não sei", até "Serve para controlar meu talão de cheques" ou "Serve para que eu possa fazer trocos." Nenhuma dessas respostas é inspiradora ou motivadora. Nem ajudaria a dar sentido a 99% da matemática.
Eu ofereço a eles a minha versão: "Matemática é o estudo da manipulação dos números e letras para resolver problemas do mundo, que envolvam quantidades. Os números e as letras são medidas de quantidades." Então, eu lhes dou muitos exemplos de problemas, começando no primeiro grau e indo além. Por exemplo: "No primeiro ano, você aprende a manipular os números, somando-os. Assim, você resolve problemas como "Você tem 5 maçãs e o seu amigo tem 4. Quantas maçãs vocês têm, juntos?" Mais tarde, na quinta série, você aprende que existem frações, aprende a somar, subtrair, multiplicar e dividir frações. Depois, você aprende a solucionar problemas como ‘Sua mãe fez dois bolos para o dia de Ação de Graças, uma torta de maçã e uma de cereja. Sobrou ½ torta de maçã e 1/3 da torta de cereja. Que quantidade de torta sobrou?’ Em Álgebra, você aprende a usar fórmulas para resolver problemas como: ‘O Sr. Smith, proprietário da Smith Wholesale Clothes, desejava celebrar a chegada do ano 2000 com uma liquidação de 20%. Se ele tivesse uma camisa que originalmente vendia por $45, qual seria o preço de venda? O estudo da matemática continua assim, praticamente durante todo o tempo de escola."
Don A. Blackerby, Ph.D. é o fundador de SUCCESS SKILLS em Oklahoma City. Ele foi professor de matemática e diretor de escola, e fundou a SUCCESS SKILLS em 1981, a fim de focalizar o uso da Programação Neurolingüística (PNL) para ajudar os alunos com dificuldades na escola. Em 1996, ele escreveu um livro, Rediscover the Joy of Learning, no qual descreve suas estratégias e processos baseados na PNL, para ajudar os alunos com problemas, inclusive aqueles que sofrem da Desordem da Deficiência de Atenção (ADD). Ele pode ser contatado de várias maneiras. Seu endereço : SUCCESS SKILLS, P.O.Box 42631, Oklahoma City, OK 73123 USA. E-mail: info@nlpok.com. Site: www.nlpok.com
Trad. Hélia Cadore
Publicado na revista Anchor Point  de setembro 2000.



MAGNA DE OLIVEIRA MELO- NEUROEDUCADORA- 
TEL. CONS.  23098243

O que os pais podem fazer- 2ª parte

O que os pais podem fazer
quando seus filhos têm problemas na escola - 2ªparte
 Don A. Blackerby Ph.D.
APRENDIZADO: Certifique-se de que o estudante sabe COMO aprender e como realizar as tarefas que lhe são propostas. Nossas escolas presumem que os alunos já sabem como aprender na sala de aula, e que não há necessidade de ensinar-lhes estratégias de aprendizado que os ajudem a aprender de maneira apropriada. Muitos estudantes têm problemas porque aquilo que eles tentam fazer NÃO FUNCIONA. A maioria das "habilidades de estudo" são simplesmente atividades que podem ou não gerar o aprendizado na mente. Por exemplo, duas maneiras comuns aconselhadas aos alunos para aprender a escrever as palavras são: 1. Escreva a palavra 5-10 vezes, e/ou 2. Escreva a palavra muitas vezes, mentalmente, até lembrar-se. Nenhuma dessas atividades funciona bem e muitos estudantes se rebelam contra essas tarefas cansativas e repetitivas.
Outra tarefa de aprendizado que incomoda os alunos é a tabuada. A maioria deles apenas repete-a muitas vezes, para aprendê-la. Isso é muito cansativo, repetitivo e ineficiente. Eu quero que eles combinem o visual e o auditivo, desenhando um triângulo como o que aparece abaixo. Eles fazem uma imagem interna com os números e símbolos dos fatos matemáticos. Aí, eles fecham os olhos ou tapam o desenho e dizem a tabuada a partir da imagem interna (ex.: 7 X 8 = 56, 56 : 7 = 8, 8 X 7 = 56, etc.) Isto liga a audição, falando em voz alta, e a representação visual. Isso é muito mais interessante e eficaz, porque estamos usando mais de um sentido, e é rápido e fácil.
Em meu livro, Rediscover the Joy of Learning (ainda não traduzido para o português, Redescubra a Alegria de Aprender) eu abordo muitas das estratégicas básicas de aprendizado que acredito que os estudantes necessitam para sobreviver ou para prosperar na escola. Elas funcionam muito bem, e os alunos parecem gostar de usá-las porque são rápidas, eficientes e divertidas. Eu procuro garantir que os estudantes com os quais trabalho saibam o que é que chamo de "estratégias básicas de sobrevivência do aprendizado". São elas:
1) Saber como aprender a soletrar as palavras,
2) Saber como aprender a tabuada,
3) Saber como memorizar dados e fatos,
4) Saber como aprender o vocabulário ou a terminologia de modo a melhorar a compreensão da leitura, e
5) Saber como ler com compreensão.
Pela minha experiência, se eles souberem minhas estratégias de aprendizado para essas cinco tarefas acadêmicas, eles não apenas podem sobreviver à escola mas aproveitar ao máximo tudo o que a escola oferece.
A fim de mostrar a relação entre saber o que significa um assunto e qual a estratégia de aprendizado para ele, voltemos ao estudo da matemática. Você se recorda de que na última seção, dissemos que "Matemática é o estudo da manipulação dos números e letras para resolver problemas do mundo, envolvendo quantidades. Os números e as letras são as medidas das quantidades." Assim, quando você está aprendendo matemática, você está aprendendo como resolver problemas no mundo. Isso estabelece uma estratégia para o aprendizado de matemática, em que você figura em sua mente (à medida que a lição está sendo apresentada) respostas para as seguintes perguntas: "Que tipo de problema é este?" e "Como vou solucioná-lo?" Você liga essas duas respostas em uma figura mental. Depois você revisa verbalmente as respostas para as duas perguntas, como "Quando eu tenho esse tipo de problema, eu o resolvo da seguinte maneira." Então, quando você está fazendo um teste e lê a pergunta, você pergunta a si mesmo: "Que tipo de problema é este?" e tão logo a resposta aparece em sua mente, o "como resolvê-lo" surge ao mesmo tempo. Esta estratégia é muito útil nos problemas com palavras.

MOTIVAÇÃO: Assegure-se de que o aluno está ligado na escola e nas várias tarefas de aprendizado que deve cumprir. Eles se ligam quando a escola ou as tarefas servem os SEUS critérios de valor. Os critérios são o que importa para o estudante. Eles são os padrões pelos quais o comportamento é avaliado e julgado. Se um estudante valoriza o aprendizado, ou o fazer bem feito, ou ser competente, por exemplo, e se ele sabe como alcançar esses critérios, aí ele se liga à escola. Se um estudante ainda não fez a conexão com seus próprios critérios, ele não se ligará à escola. Ele fica muito indiferente e passivo. Muitos atletas se ligam ao esporte porque valorizam a competição e "ser o melhor", mas não se ligam às atividades escolares porque ainda não encontraram uma maneira de ser competitivos ou os melhores na sala de aula. Às vezes, a ligação que falta deve-se ao fato de que eles foram ensinados COMO ser excelentes no esporte, e não foram ensinados como aprender na sala de aula. Outros exemplos de critérios seriam: ser criativo, ser independente, ser responsável, ser apreciado, ser único, pertencer, etc.
Ligar os alunos à escola, ou ao aprendizado, ou às tarefas de casa, ou a outras tarefas escolares é relativamente fácil. A arte de fazer isso compreende três etapas:
  1. Identificar a hierarquia dos valores mais importantes para ele.
  2. Conectar a tarefa à hierarquia.
  3. Criar motivação, com base nessa ligação.
Don A. Blackerby, Ph.D. é o fundador de SUCCESS SKILLS em Oklahoma City. Ele foi professor de matemática e diretor de escola, e fundou a SUCCESS SKILLS em 1981, a fim de focalizar o uso da Programação Neurolingüística (PNL) para ajudar os alunos com dificuldades na escola. Em 1996, ele escreveu um livro, Rediscover the Joy of Learning, no qual descreve suas estratégias e processos baseados na PNL, para ajudar os alunos com problemas, inclusive aqueles que sofrem da Desordem da Deficiência de Atenção (ADD). Ele pode ser contatado de várias maneiras. Seu endereço : SUCCESS SKILLS, P.O.Box 42631, Oklahoma City, OK 73123 USA. E-mail: info@nlpok.com. Site: www.nlpok.com
Trad. Hélia Cadore
Publicado na revista Anchor Point  de setembro 2000.

O que os pais podem fazer- 3ª parte


O que os pais podem fazer
quando seus filhos têm problemas na escola - 3ª parte
Novamente, o critério são os valores importantes para o aluno. Eles são os padrões pelos quais ele medem a si próprios.
A fim de descobrir a hierarquia dos valores importantes, descubra (talvez em contextos diferentes) em que o aluno "está ligado" ou "desligado". Se ele estiver "ligado", significa que algum critério foi satisfeito ou encontrado. Se ele estiver "desligado", significa que algum critério foi violado ou não satisfeito. Quando você encontrar uma oportunidade assim, procure a resposta para a pergunta: O que faz com que isso (em que está ligado/ou desligado) seja tão importante para você? Depois, ouça o critério.
Quando você achar que tem um critério, verifique-o, perguntando curiosamente: "Então, isso (o critério) é importante para você?" É necessário conseguir uma resposta plena, positiva. Se você obtiver uma resposta fraca ou apenas de desejo, você não chegou aos critérios dele.
Quando você obtiver a resposta completa, positiva, você pode construir uma hierarquia, perguntando: "O que faz com que isso (o critério) seja tão importante para você?" Novamente, busque critérios. O segundo critério deve ter valor mais alto. O primeiro critério realmente serve ao segundo.
Continue esse processo para construir uma hierarquia, até que você tenha uma resposta circular ou um critério do tipo de auto-conceito (como "Eu me sinto bem" ou "Eu gosto de mim". Uma resposta circular seria: "Quando eu faço as coisas certas na escola, eu me sinto bem, e quando eu me sinto bem, eu faço as coisas certas na escola."
Como você está construindo a hierarquia, pergunte continuamente a si próprio: " De que maneira pode a escola ou a tarefa servir esses critérios?" Quando você consegue uma intuição ou idéia, faça perguntas do tipo: "Você já pensou sobre o fato de que (a tarefa) pode ajudá-lo a realizar seus (critérios)?" Os estudantes poderão, às vezes, dizer que não, mas você pode ver as rodas girando e aumentando o entusiasmo, à medida que eles pensam em tais possibilidades.
Continue a construir a hierarquia e fale sobre as ligações (ou faça com que eles falem sobre essas ligações) e seu entusiasmo aumentará ainda mais, até que eles realmente "deslanchem".
Don A. Blackerby, Ph.D. é o fundador de SUCCESS SKILLS em Oklahoma City. Ele foi professor de matemática e diretor de escola, e fundou a SUCCESS SKILLS em 1981, a fim de focalizar o uso da Programação Neurolingüística (PNL) para ajudar os alunos com dificuldades na escola. Em 1996, ele escreveu um livro, Rediscover the Joy of Learning, no qual descreve suas estratégias e processos baseados na PNL, para ajudar os alunos com problemas, inclusive aqueles que sofrem da Desordem da Deficiência de Atenção (ADD). Ele pode ser contatado de várias maneiras. Seu endereço : SUCCESS SKILLS, P.O.Box 42631, Oklahoma City, OK 73123 USA. E-mail: info@nlpok.com. Site: www.nlpok.com
Trad. Hélia Cadore
Publicado na revista Anchor Point  de setembro 2000.

O que os pais podem fazer- 4ª parte

 Don A. Blackerby Ph.D.
O que os pais podem fazer
quando seus filhos têm problemas na escola- 3ª parte
INTENÇÃO: Muitas vezes, quando um estudante começa a ter problemas na escola, os pais ou professores começam a reagir, como se eles estivessem fazendo isso de propósito. Em outras palavras, eles presumem uma intenção negativa por detrás dos comportamentos. Às vezes eles chamam o aluno de preguiçoso, desmotivado ou descuidado. A percepção do aluno quando esses tipos de rótulos são usados, é de que algo está errado com ele. A fim de proteger sua auto-estima, o aluno vai lutar ou retrair-se, de várias maneiras. De fato, se essa rotulação continuar, a luta para salvar sua auto-estima torna-se a preocupação principal, mais do que o desejo de solucionar o problema com a escola.
Quando os pais e professores procuram uma intenção positiva por detrás do comportamento, os alunos tornam-se mais abertos para resolver o problema real. O pai ou professor é percebido como um aliado, ao invés de um inimigo. Às vezes, a intenção positiva real é difícil de encontrar porque ela pode estar enterrada profundamente e fora do âmbito do consciente. Quando assumimos que os alunos querem se dar bem na escola, e que eles o fariam se soubessem como e o que fazer de maneira diferente, nós estamos presumindo uma intenção positiva por detrás de sua dificuldade escolar. Quando ligamos a noção de intenção positiva com o fato de que ninguém os ensina a aprender na sala de aula da maneira que realmente funciona, e que ninguém os ensinou como pensar sobre a escola de modo a torná-la significativa, isso nos ajuda a ver o empenho do aluno que tem problemas. Isso nos conduz a resolver o problema sem culpa ou crítica.
Então, como encontrar uma intenção positiva escondida, inconsciente? Coloque-se dentro da experiência da outra pessoa e adivinhe a intenção positiva, através da resposta à pergunta: "O que este comportamento faria por mim?" (lembre-se de que você é ele), ou "Como esse comportamento poderia me beneficiar? " ou "O que estou querendo que aconteça quando me comporto dessa forma?" Lembre-se de procurar razões POSITIVAS ligadas aos critérios DELE.
Você também pode fazer diretamente à outra pessoa qualquer das seguintes perguntas. É EXTREMAMENTE importante que você faça isso com rapport, reforçado pelo cuidado, aceitação, tom de curiosidade e gentileza. Essa é a razão porque é tão importante que você acredite na noção de intenção positiva. Se você não acredita que ele tem uma intenção positiva, suas atitudes não verbais o denunciarão, e você será incongruente.
Quando você recebe uma resposta às questões acima, você pode eliciar as intenções mais importantes incorporadas, tomando a resposta recebida e fazendo as mesmas perguntas sobre ela. "E o que isso faz para você?" Você pode eliciar uma corrente de intenções encadeadas, cada uma mais poderosa do que a anterior, continuando a fazer perguntas sobre cada resposta que recebe. Quando você tiver uma idéia de uma possível intenção positiva, verifique, fazendo a seguinte pergunta: "Então, o que você está realmente querendo com esse comportamento é ............................?"
Uma vez sabendo qual é a intenção positiva, fale com o aluno como se isso fosse verdadeiro. Aplauda e aprecie o fato de ele estar tentando fazer algo positivo e ofereça-se para ajudá-lo a alcançar a intenção positiva. Comente o fato de que, com o tipo de pessoa que ele é, a intenção positiva é mais consistente do que o comportamento negativo. Ajude-o a ter um novo comportamento que seja consistente com o tipo de pessoa que ele é E que vai satisfazer sua intenção positiva.
Quanto mais você pratica esta técnica, tanto mais treinado e natural você se tornará em fazer as perguntas e ouvir as respostas, e em encontrar a intenção positiva. Pela minha experiência, à medida que você fizer isso mais e mais, você vai descobrir que as outras pessoas o tratarão significativamente melhor E que você também trata os outros melhor.
REAÇÃO: Muitas vezes, o elemento crucial sobre encontrar e resolver o problema real está na reação dos pais, professores e/ou orientadores do aluno. Se ela for considerada crítica ou julgadora, o aluno tem uma forte tendência a tomá-la como "algo pessoal" e lutar ou retrair-se. Isso transforma a situação num problema muito mais difícil de solucionar porque se torna uma questão de auto-estima, mais do que um problema escolar simples de resolver. Infelizmente, nossa sociedade e escolas têm uma forte tendência a culpar e/ou julgar. Uma das maneiras mais eficazes de reagir é procurar a intenção positiva por detrás do problema, com cuidado, amor, aceitação e apreciação; assim, surge uma comunicação maravilhosa. Então, você tem a oportunidade de ajudar os alunos, das maneiras mencionadas anteriormente.
RESUMO
Portanto, a arte de ajudar seu filho quando ele está com problemas na escola encontra-se principalmente no âmbito da comunicação, principalmente nas cinco áreas apresentadas neste artigo. Em meu livro Rediscober the Joy of Learning ( Redescubra a Alegria de Aprender) e em meus seminários, eu trato com mais profundidade do assunto sobre como ajudar os alunos com outras estratégias de aprendizado ou quando eles possuem incapacidade de aprender, como ADD (Desordem da Deficiência de Atenção). Evitar zangar-se ou criticar é de vital importância. Também, é bom lembrar que uma das ferramentas mais importantes da comunicação é procurar a intenção positiva. Procurar a intenção positiva é um dos elementos fundamentais da comunicação eficaz, e é muito poderoso.
Quando a comunicação é aberta e honesta, e você estiver procurando intenções positivas, é mais fácil procurar pelos elementos problemáticos e suas soluções. Agora, você pode observar as outras razões para "garantir que os alunos saibam como aprender" e/ou "garantir que eles se liguem à escola." Eles merecem essa abordagem.
Don A. Blackerby, Ph.D. é o fundador de SUCCESS SKILLS em Oklahoma City. Ele foi professor de matemática e diretor de escola, e fundou a SUCCESS SKILLS em 1981, a fim de focalizar o uso da Programação Neurolingüística (PNL) para ajudar os alunos com dificuldades na escola. Em 1996, ele escreveu um livro, Rediscover the Joy of Learning, no qual descreve suas estratégias e processos baseados na PNL, para ajudar os alunos com problemas, inclusive aqueles que sofrem da Desordem da Deficiência de Atenção (ADD). Ele pode ser contatado de várias maneiras. Seu endereço : SUCCESS SKILLS, P.O.Box 42631, Oklahoma City, OK 73123 USA. E-mail: info@nlpok.com. Site: www.nlpok.com
Trad. Hélia Cadore
Publicado na revista Anchor Point  de setembro 2000.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Monografia

Preparar uma monografia requer tempo e conhecimento, além de decisão precisa sobre um determinado tema e esclarecimento das normas técnicas em conjunto com as normas da Universidade.

É preciso entender, aprender sobre muitas coisas, como, as páginas, a qualidade do trabalho, entre outras coisas. O afeiçoamento pelo tema, deve ser levado em consideração na hora de delimitar o tema, ou seja você deve ter vontade, curiosidade ou necessidade de conhecer sobre o assunto que escolheu.
"As monografias foram adotadas pelo MEC – Ministério de Educação e Cultura – como exigência parcial para a conclusão de cursos universitários, sejam eles de graduação ou pós-graduação. Destina-se, desta forma, a alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em fase de conclusão de curso."
Mas acontece que muitas vezes tornamos este processo mais doloroso do que ele realmente é, e fazemos um bicho de sete cabeça em cima disso, passamos noites em claro pensando no trabalho. isso tudo é gerado apenas pela falta de conhecimento sobre como realizar esta tarefa, que é apenas mais uma etapa de todo processo.

É possível fazer um trabalho diferenciado e com mais facilidade, é claro que isso ainda vai exigir que você tenha claro que tem que ir a luta na pesquisa, porém isso tudo pode ficar agradável e você não precisa perder o sono por causa disso.

Caso esteja precisando de orientação na sua monografia, em qualquer aspecto, como, técnico ou um recursos para  sentir capacidade em realizá-la ou apresentá-la, agende uma sessão e saiba como podemos ajudá a passar por essa fase de maneira mais tranquila e eficaz..

Magna Oliveira Melo
Psicanalista, mestre em psicologia, Neuroeducadora e Psicopedagoga

Atendimento em Neuroeducação


Magna de Oliveira Melo- Neuroeducadora

Este modelo foi desenvolvido para criar/remodelar as matrizes de inteligência e possibilitar a expressão máxima do potencial inteligente da consciência - genialidade pessoal.

É composto por um conjunto de técnicas, com estrutura mecânica quântica, que permitem neuroprogramar as matrizes de inteligência, segundo planejamento prévio. Esta estratégia de ação permite intervir em áreas específicas do sistema mental, e possibilitar os limitadores matriciais.

Princípio técnico do modelo
 
Colapsamento dirigido de estruturas lógicas, utilizando a imaginação criativa como veículo de trabalho, para alterar as neuroprogramações com limitadores matriciais.

Tem como objetivo criar nova estrutura funcional e conteúdo filosófico possibilitador, produzindo salto quântico na compreensão da realidade em questão.

Várias técnicas de intervenção foram desenvolvidas, seguindo este princípio.


Como é desenvolvido o trabalho
  

. Diagnóstico - levantamento dos limitadores matriciais a serem trabalhados;
. Atendimentos individuais - desenvolvidos por um Neuroeducador, com o propósito de transformar em estruturas possibilitadoras, os limitadores matriciais identificados;
. Acompanhamento - após as intervenções, são realizados alguns encontros periódicos para avaliar os avanços obtidos e possibilitar ainda mais os resultados.

Condições para a realização do trabalho


 A pessoa deve ser normalmente inteligente e capaz de seguir instruções com a imaginação, e desejar se submeter ao processo de neuroprogramações.

  
O que uma pessoa pode esperar deste trabalho

Tornar-se tão genial em suas múltiplas inteligências, quanto o é nas inteligências que constituem o seu conjunto de talentos naturais, possibilitados geneticamente;

Ser tão inteligente quanto a potencialização da malha de informações de seu sistema mental permite ser.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ritalina

Em recente reportagem, a Revista Época falou de uma velha conhecida – a ritalina (metilfenidato), medicamento lançado nos anos 50 para tratar de um distúrbio em moda nos últimos tempos – o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais popularmente conhecido como TDAH.

O interessante da matéria é que ela não se referia a pessoas portadoras do problema ao qual o medicamento é indicado. E sim a outras que buscavam nele melhorar sua performance nos estudos e no trabalho. Ao assumirem uma carga grande de atividade, provavelmente além de suas possibilidades, elas necessitavam ficar mais atentas ou ligadas por um período maior de tempo.



Como todo remédio, a ritalina tem efeitos colaterais e um deles é o de diminuir o apetite. Muitas pessoas a utilizam para perder peso. Além de poder causar dependência física e psíquica.



Houve um tempo em que para ser indicada bastava que uma criança fosse um pouco agitada. Pronto, o diagnóstico estava fechado. Era mais um caso de déficit de atenção. O pequeno paciente era medicado muitas vezes sem necessidade.

Como se vê, a ritalina foi e está sendo usada indiscriminadamente. Por ser um medicamento de tarja preta, só pode ser comprada mediante receita médica. Isso significa que pessoas autorizadas estão dando receitas sem o devido cuidado.

Seu uso foi banalizado. Mas por que se utiliza tanto esse medicamento mesmo sem necessidade? Talvez uma das coisas seja a busca de uma solução mágica para nossas mazelas.

'Super estudante'



E não é por isso que as pessoas se drogam? Para tornarem as coisas “mais fáceis”, ao menos na aparência? Cria-se uma falsa realidade ou uma falsa pessoa para corresponder a uma expectativa, provando ser aquilo que não é – um super profissional ou um super estudante. E todos os problemas são resolvidos magicamente, tomando-se um comprimido de ritalina. Fácil, não?!



Nem tanto.



A repórter de Época tomou o medicamento para escrever a matéria e constatou que apesar de num primeiro momento ter se sentido confiante e se lembrado de tudo, podendo até dispensar suas anotações, ao revisar seu trabalho decepcionou-se com o resultado e teve de refazê-lo.



Não só profissionais com uma carga grande de trabalho têm recorrido a ela. Cada vez mais esse medicamento tem caído na graça dos estudantes e de seus pais. Não por terem déficit de atenção ou algum problema de aprendizagem que justifique, até certo ponto, seu uso. Mas por irem em busca de uma excelência que vai além daquilo que são (ou que seus filhos são). Sem contar aqueles que por um motivo qualquer passam a irem mal na escola e já se procura enquadrá-lo em alguma doença.


E o que é pior, ao medicarem seus filhos ou se auto-medicarem, passam a idéia do quanto não confiam em si e em seus rebentos.

Culpa de uma sociedade muito competitiva? Pode ser. Ninguém quer ficar para trás. Todos querem estar entre os primeiros. E para isso acabam lançando mão de qualquer coisa para conseguirem seus objetivos. Inclusive de remédios cujo esforço num primeiro momento parece ser mínimo.

Só que não é tomando remédios que os jovens serão melhores alunos ou darão conta do recado. Salvo aqueles que tenham TDAH. Caso contrário, estarão criando a idéia para si próprios de que são incapazes e que só vão conseguir algo se usarem uma droga. Afinal, não terá sido por causa do metilfenidato que seus usuários vão pensar que concluíram seus estudos escolares?



E a ritalina, por ser uma droga lícita, continuará sendo usada com a concordância dos pais e dos médicos.



Ana Cássia Maturano




DÉFICIT DE ATENÇÃO

Principais sintomas do Déficit de Atenção

Esse tipo de comportamento pode ser de difícil identificação, portanto é importante saber que nem toda criança desatenta tem o Transtorno de Déficit de Atenção.

A criança que tem Déficit de atenção não é menos inteligente que as outras crianças, porém não consegue desenvolver integralmente seu potencial, visto que a fixação da atenção é prejudicada.

A desatenção é um efeito que muitas vezes enganam na hora do diagnóstico porque estas pessoas na verdade não têm um déficit de atenção para tudo. Muitas vezes conseguem prestar muita atenção em algumas coisas, principalmente quando são bonitas, novas, estimulantes, interessantes ou assustadoras. Isto pode ser uma inconsciente busca do cérebro por um estímulo que ative o córtex pré-frontal. Em termos práticos, uma pessoa não consegue fazer qualquer coisa, sem que sua cabeça fique voando entre seus pensamentos, frequentemente distraindo-se com qualquer coisa que lhe chame mais atenção, voltando novamente a se distrair com um outro movimento e assim por diante, cometendo erros freqüentes por não prestar atenção aos detalhes. Este efeito é muito comum nas atividades escolares.

Entre os principais sintomas de desatenção estão a dificuldade em prestar atenção nos detalhes; errar por descuido nas atividades escolares pela dificuldade em manter a atenção; não seguir instruções; não terminar as tarefas; as vezes parece não escutar ou se faz de surdo; dificuldade em organizar tarefas e atividades; distrai-se facilmente com estímulos externos; evitar ou relutar em “realizar” esforço mental; perder coisas necessárias para as tarefas e ser facilmente distraído por qualquer estímulo externo.

Muitas vezes a falta de atenção pode vir acompanhada do sintoma de impulsividade, e pode até ter um aspecto positivo quando este comportamento leva a uma ação. Entretanto no portador de TDAH o problema é que este comportamento se torna patológico, há uma falta de planejamento em função da busca intensa e constante da gratificação imediata e das novidades. A impulsividade é um dos sintomas muito persistentes, impulsivamente interrompe o que está fazendo para iniciar outra atividade e vai acumulando várias tarefas sem finalizá-las.

De acordo com Mattos (2004) as crianças portadoras de TDAH são muito impacientes e muito ansiosas; frequentemente estão expostas a riscos; podem provocar confusão; discussão; viver em conflito consigo mesma ou com outras pessoas. Novamente tudo isso é uma forma inconsciente de estimulação do córtex pré-frontal, que anseia por mais atividade. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa o indivíduo com TDAH não faz as coisas propositalmente, pois não as percebe e pode acabar se viciando no tal efeito.

O vício acontece porque o cérebro tem produz uma substância química sempre que a pessoa apresentar quando tem o comportamento e isto vai produzir uma gravação neurológica cada vez mais forte contribuindo para que a pessoa se vicie nesta produção química.

Segundo Goldstein (2004), existe o TDAH do tipo não específico; a pessoa apresenta algumas características, mas um número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária desta pessoa. Esses sintomas também podem ser explicados por outros transtornos, por isso é preciso uma investigação minuciosa, a fim de descartar outras possibilidades de diagnóstico.

Segundo Benczik (2002) é comum nestas crianças, quando não conseguem fazer as tarefas se fecharem e não se sentirem estimuladas a tentarem fazê-las novamente, temendo um novo fracasso. Estas crianças tendem geralmente a produzir menos do que são capazes. Neste caso os elogios e encorajamento podem ajudar muito para que seu processo de aprendizagem seja mais eficiente.

`Magna de Oliveira Melo