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terça-feira, 21 de outubro de 2008

NeuroEducar


Se os padrões mentais internos estiverem desajustados, ou seja, com um funcionamento neuronal insatisfatório, podem provocar problemas de variadas ordens, incluindo a dificuldade para a aprendizagem.

A neuroeducação vem trabalhando no conceito de tela mental e imaginação, sendo que através de ferramentas capazes de intervir sobre as dificuldades de aprendizagem em um processo rápido, fácil e sem esforço para o cliente, é possível “neuroprogramar” as dificuldades para tornar a aprendizagem mais fácil e agradável. Tais ferramentas possibilitam ao individuo atingir o seu potencial máximo de funcionalidade, transformando limitações em capacidades como possibilita a melhora da qualidade de vida do indivíduo. Todo estímulo, seja interno como um pensamento ou externo, como as palavras, gestos ou algum acontecimento no meio ambiente desencadeia no cérebro uma representação interna da realidade. Com isto esta mistura do que acontece no meio ambiente com o que acontecem em nossa mente formam nossa percepção.

Ao longo da vida a história pessoal vai se estabelecendo, e é construída pelo significado que daremos de acordo com as nossas percepções dos acontecimentos que serão registrados em nossa mente. A tendência do ser humano é relacionar um momento vivido anteriormente ao momento da realidade a qual está vivendo, pois o cérebro sempre busca referências de comparação e muitas vezes estas comparações levam às percepções desconectadas com a realidade e também às sensações desconhecidas que produzem consequentemente reações muitas vezes desnecessárias e inúteis. É preciso ter o conhecimento deste processo para poder mudar o padrão mental e desencadear uma mudança na percepção. Com a mudança surge a sensação de ter mais domínio das ações. Todos têm os meios para fazer isso. Não é possível mudar o passado, mas podemos alterar definitivamente a representação interna sobre ele, ou seja, alterar a forma como tais registros são representados em nossa mente e reestruturar fisicamente o cérebro. Goleman (1995) diz que o conhecimento que temos de nós mesmos, de nossos sentimentos ou intuição é fundamental para que possamos ter confiança, conhecendo nossos pontos fortes e fracos.

Quando determinadas sensações tornam-se persistentes e freqüentes podem impedir uma pessoa de levar uma vida normal, que gera alguma improdutividade nas suas habilidades, capacidades e ações. É preciso, portanto buscar o referencial comparativo da pessoa que apresenta um problema, ou seja, quando uma pessoa se compara a outra pessoa cujo considere ser melhor que ela, faz com que a pessoa se valorize para menos, já que não atinge o seu referencial de comparação. O exemplo é quando um irmão que é melhor que o outro; sua referencia estará sempre no irmão, o qual é considerado sempre melhor e isto faz com que não se compare a si mesmo quanto às melhoras que podem acontecer ou já aconteceram, mas sempre com um referencial inatingível. Isto quer dizer que ela busca comparação no meio ambiente, quando esta comparação deveria ser sempre quanto a si mesma, o quanto pode ser melhorada.

Com a neuroeducação é possível desgravar tal sensação para poder tirar a sensação de insignificância. Possivelmente trabalhando na pessoa esta sensação e deixar a sensação na pessoa de que ela é igual a outras pessoas, nem menos e nem mais. Quando apaga a inferioridade a sensação agradável costuma aparecer naturalmente. Antes, porém é preciso descobrir em que a pessoa se acredita inferior, pode ser qualquer coisa ou qualquer pessoa. Se acreditar em alguém que disse que era algo a menos do que ela é, a pessoa passa a se comportar tal qual lhe foi dito e não percebe que esta atitude não é natural. Deve-se achar a fonte desta história pessoal da pessoa, de onde saiu a sua conclusão de que ela é assim ou tem que ser assim, ou seja, lá o que ela acredita ser.

Esta crença pode geralmente vir acompanhada de muita culpa, devendo o cliente ser tratado totalmente a sua relação com este sentimento. Pode ser preciso desconstruir as sinapses de tudo que há em relação a esta crença e posteriormente fazer novas construções sinápticas. Temos que dar a sensação de igualdade e com cuidados para não transformar o sentimento em superioridade, isto que dizer que os dois pólos devem receber novos significados.

A neuroeducação possibilita que o ser humano possa expressar-se livremente levando-o a sua genialidade. O trabalho terapêutico individualizado com a neuroeducação tem como objetivo principal dar possibilidades para que o cliente possa se reorganizar em suas estruturas neurológicas, possibilitando que construções sinapticas sejam construídas ou organizadas a fim de fornecer ao cliente, meios eficazes para sua total funcionalidade cerebral.
Magna O. Melo
Neuroeducadora e Psicopedagoga

3 comentários:

  1. Magna, achei muito interessante este processo, como posso saber mais?

    Ana

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  2. Melo, gostei do seu artigo.
    Sou estudante de pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (RJ)
    e minha monografia é sobre a Formação da Subjetividade na Construção da Linguagem Escrita.

    Seu textos tem pontos que me interssaram e por isso gostaria de saber as referências do mesmo e ou outros!

    Obrigada!
    Bianca ELis
    (lamaritisa@bol.com.br)

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  3. Oi Melo, tenho me apaixonado por Neuroeducação desde o início do meu curso, Ciências Biológicas (licenciatura). Meu trabalho de conclusão é sobre a influência emocional exercida no aprendizado. Pretendo realizar algo prático no meu Estágio,
    Gostaria muito de conversar contigo a respeito do assunto.

    Desde já, Obrigada.

    (etiennydebrito@hotmail.com)

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